segunda-feira, 21 de junho de 2010

Centro de Referência em Meliponicultura.

Criadores de abelhas nativas vão ganhar centro de referência
Os criadores de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultores) do Maranhão em breve vão ganhar um centro de referência em meliponicultura. Os recursos para a construção virão de convênio de cooperação financeira, a ser firmado no dia 30 de junho, entre a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Cooperativa Agroecológica dos Meliponicultores da Baixada Maranhense (Coamel). Ao todo serão investidos R$ 342.187,50, sendo 340.144,50 aportados pela FBB.

O centro será construído na cidade de Peri-Mirim e será constituído de três unidades: administrativa – composta pelos núcleos de capacitação, pesquisa e inteligência competitiva; extração de mel; e beneficiamento – entreposto de Mel. Como resultado desse convênio, é possível que surja o primeiro entreposto brasileiro de mel de abelhas nativas registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com Sistema de Inspeção Federal (SIF), o que possibilitará a venda para os mercados interno e externo.

“A idéia da construção do centro de referência começou ainda durante as execuções dos projetos Melípona e Melípona Comercialização, no período de 2007/2009, sendo o convênio resultado dos esforços do Sebrae no Maranhão, Banco do Brasil e Fundação Banco do Brasil, tendo se consolidado na execução do projeto Meliponicultura na Baixada Maranhense”, afirma a coordenadora dos trabalhos no Sebrae em Pinheiros, Dulcileide Salinas.

Na unidade administrativa irá funcionar os núcleos de capacitação, pesquisa e inteligência competitiva. Seu objetivo será disponibilizar aos meliponicultores cursos de capacitação constantes nas áreas tecnológicas e gerenciais e, em parceria com órgãos governamentais, desenvolver pesquisas que propiciem a sustentabilidade e disseminação da meliponicultura, aumento da produção, produtividade e preservação do meio-ambiente. Além de disponibilizar ferramentas com fins de identificação, coleta, análise e tratamento das informações sobre as necessidades e exigências do mercado consumidor.

Já na unidade de extração de mel, a idéia é produzir mel e derivados de abelhas nativas em conformidade às exigências legais e mercadológicas. A unidade de beneficiamento (entreposto de mel) ficará responsável por escoar a produção do mel de abelhas nativas e seus derivados, para mercados internos e externos (França, EUA, Japão, Itália), bem como escoar a produção de mel de abelha africanizada (APIS) do Maranhão.

De acordo com o coordenador nacional de apicultura no Sebrae, Reginaldo Resende, já funciona, em Mossoró (RN), um centro nos mesmos moldes do que será instalado no Maranhão. O meliponicultor Paulo Menezes foi o primeiro a conseguir no estado o Sistema de Inspeção Estadual. Menezes se envolveu com a criação de abelha jandaíra, tipo de abelha nativa, em 1983. Hoje, ele é um dos principais criadores do país, com cerca de 600 colméias de jandaíras em Mossoró.

“A certificação me trouxe uma série de benefícios. Primeiro tive de cumprir uma série de exigências impostas pelo Ministério da Agricultura, entre elas, a formalização da minha empresa, para adquirir CNPJ, e passei a fornecer mel para todo o Estado do Rio Grande do Norte. A legalização também possibilitou que eu participasse de um edital da Fundação para o Desenvolvimento de Pesquisa no Estado do Rio Grande do Norte (FATERN). A Fundação, a partir de convênio de 15 meses, vai disponibilizar dois pesquisadores que irão desenvolver uma máquina que retira parte da água que compõe o mel. Isso é um grande investimento em inovação e tecnologia”, ressalta Menezes.
Data: 21-06-2010
Fonte: Agência Sebrae de Notícias

2 comentários:

  1. Amigo João,

    são notícias como essa,que nos trazem um pouco mais de alegria,pois,só se escuta falar das ápis(eu não vou entrar nessa discussão),mas é sempre bom saber que a meliponicultura, está conseguindo seu (ainda pequeno)espaço...

    Espero que mais centros de referência,sejam implantados por todo o país...

    Um abraço.
    Paulo Romero.
    Meliponário Braz.
    João Pessoa,PB.

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  2. Aos poucos o mel das abelhas sem ferrão vai ocupando um certo espaço. Agora vemos um aumento na produção.

    Um exemplo disto é o pessoal do amazonas que está colhendo muito mel de uruçu cinzenta.

    Agora, havendo produção e se o nosso mel não for divulgado, aí faltará mercado consumidor e ocorrerá uma queda muito acentuado no valor de mercado e a atividade ficará inviável.

    Imagine o que é ficar por exemplo um ano cuidando de cada colônia de jatái, e neste período arrecadar no máximo uns R$15,00, por caixa?

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