sexta-feira, 25 de setembro de 2015

FUMACÊ MATA AS ABELHAS......A PREVENÇÃO É A ÚNICA ARMA CONTRA A DOENÇA....

FUMACÊ MATA AS ABELHAS......A PREVENÇÃO É A ÚNICA ARMA CONTRA A DOENÇA....
O Fumacê da Dengue e a Morte de Abelhas
Além dos casos do uso de pulverização de pesticidas na agricultura, há também ocorrências de morte de abelhas devido a aplicações do “fumacê” no combate à dengue, doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Um dos recursos usados para evitar a proliferação das larvas do mosquito da dengue e exterminar o mosquito adulto contaminado é por controle químico, utilizando-se o “fumacê”, que é uma solução do inseticida cipermetrina ( um elemento piretroide ) e óleo mineral na forma de uma fumaça densa e esbranquiçada, borrifada com bombas costais ou bombas grandes acopladas a veículos. Também o malathion, pesticida altamente tóxico do grupo dos organofosforados, têm sido utilizado de forma indiscriminada, prática que deveria ser revista por nossas autoridades sanitárias.
Embora a cipermetrina seja biodegradável, mesmo assim é perigosa pois possui organoclorato, um derivado do cloro que fica no ambiente. O “fumacê” não tem eficácia nem eficiência comprovada sendo preciso haver um controle da dose da aplicação por m2 e constante regulagem das bombas. O “fumacê” somente mata o mosquito adulto pelo contato direto, quando ele está voando e atravessa a fumaça densa (por isto o produto não deve ser aplicado com vento forte, que dispersaria a solução).
Por isso o ideal é eliminar os criadouros de larvas ao longo do ano. Devido ao uso indiscriminado dos pesticidas, o mosquito pode não ser a única vítima do “fumacê”. Muitos casos de contaminação de pessoas, animais domésticos e, particularmente, das abelhas. Para estas últimas, a ação tóxica da cipermetrina e outros pesticidas, como o malathion, é letal, havendo diversos casos de criadores de abelhas, particularmente de meliponicultores, com graves perdas de enxames de abelhas nativas sem ferrão pelos efeitos do fumacê.
Por Prof. Dr. Lionel Segui Gonçalves, professor titular aposentado da USP-RP, e professor visitante da UFERSA-RN, em 06/04/15.
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Isca na PET em reportagem no Globo Rural


 

       Na edição do último dia 30 de agosto, o programa Globo Rural apresentou uma reportagem realizada no Laboratório de Abelhas da USP, em resposta a uma pergunta de um telespectador a respeito da captação de colônias de abelhas nativas.
     O diferencial do que foi apresentado, com relação ao que tenho visto, em termos de ninho-isca, é a utilização de um pedaço de O cabo de vassoura, vazado no meio, e com um furo na lateral, onde ficará a entrada das abelhas.
     Segundo o Técnico Paulo Cezar Fernandes, a instalação desta entrada em madeira, se deve ao fato de que este material é familiar às abelhas, por lembrar os buracos que dão acesso aos ocos das árvores.
     Fiquei pensando que, mais importante do que isso, até porque que a maioria das espécies que costuma enxamear na iscas, habitualmente utiliza os mais diferentes ambientes para nidificar; é o fato de que o pedaço de cabo de vassoura servirá de túnel de ingresso, útil na proteção das abelhas contra os inimigos naturais e também evita a entrada de água. Devemos considerar ainda, que, quando encharcada com o líquido atrativo, a madeira absorve bem o cheiro. Fora isso, podemos utilizar como alternativa, pedaços de mangueiras ou conectores de PVC, senão um simples furo na tampa da garrafa.
     Para a produção do líquido atrativo foi utilizado batume: produto das meliponas composto de barro e resinas das plantas. Funciona, mas, para se conseguir trigonas, como a jataí, por exemplo, abelhas que aceitam melhor os ninhos-iscas, é preferível se utilizar do própolis que geralmente se apresenta na forma de bolotas gosmentas que ficam depositadas nas paredes e nas frestas das caixas com estas espécies. A cera também pode, e deve ser utilizada.
    Quando o atrativo é o extrato do batume, penso que seja interessante oferecer espaços maiores, como garrafas de três a cinco litros, ou mesmo, caixas-iscas confeccionadas com sobras de madeiras banhadas neste líquido. O fato de o espaço ser maior, não significa que a abelha jataí ou as da família das scaptotrigonas não o adotarão como moradia. Além delas, uma área maior poderá ser adotada também por abelhas mais encorpadas.
     O Paulo falou ainda, que, as iscas devem ser cobertas com um plástico preto para evitar a entrada de luz. Além disso, antes de forrar com o plástico, devemos enrolar algumas camadas de papel - jornal (quanto mais, melhor), possibilitando, assim, um melhor conforto térmico.
     Um outro detalhe que me chamou a atenção foi a informação de que, depois de apenas dois dias macerando no álcool, a solução já esteja pronta para ir para as garrafas. Este espaço de tempo, no meu entendimento, é extremamente curto. Penso que deve ficar por pelo menos quinze dias, e que o ideal é que fique ali curtindo por meses.
     O mesmo ocorre com as garrafas: Na minha opinião, o líquido deve ficar ali por uns dias, impregnando a garrafa com o cheiro.
     É possível conseguir comprar o atrativo já pronto em alguns sites ou blogs de meliponarios, bem como em sites de vendas. Outra opção alternativa é adquirir extrato de própolis nas farmácias e gotejar algumas gotas nas iscas (lembrando que o ideal é o aroma das próprias abelhas nativas. O importante é oferecer às abelhas locais confortáveis para a nidificação, protegidos do sol direto e evitar a entrada de água. Sempre com aromas que sejam reconhecidos e agradáveis a elas.
      Segue o link para a reportagem:

http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/t/edicoes/v/armadilha-com-garrafa-pet-serve-para-capturar-especies-nativas-de-abelhas/4428865/

João Luiz