Quando estou pelo mato nunca deixo de ficar de olho para tentar encontrar ninhos de abelhas. Numa caminhada, ao ouvir um típico zumbido acabei por ver muitas abelhas entrando em um oco. Belas abelhas com uma cor escura, pequenas do tamanho aproximado de um iraí e com a forma típica das meliponas.
Fiquei fascinado com a imensa movimentação e a grande entrada de alimentos. Enquanto imaginava qual espécie poderia ser, peguei um exemplar para olhar de mais perto e melhor observar.
Logo que segurei a danada da abelha senti a ferroada. Foi muito forte e dolorosa. A dor só não foi maior do que a minha surpresa. Caraca, o que aprendi a respeito das abelhas sociais nativas está errado: A facilidade do manejo, a ausência ou atrofiamento do ferrão que torna a meliponicultura uma atividade segura e agradável... Então a coisa não é bem assim... Afinal, que abelha seria esta? Com certeza uma espécie totalmente desconhecida pela ciência e pelos meliponicultores.
A surpresa e o susto inicial foram logo se transformando em desespero e medo. Eu ali, literalmente num mato sem cachorro com aquela dor latejante, e pior: Uma sensação de dormência que da mão foi subindo pelo braço, que parecia estar ficando anestesiado. O meu consolo, se é que se pode chamar isso de consolo, é que depois de um certo tempo eu já não sentia mais a dor, apenas aquele terrivel formigamento.
Encontrar algum tipo de ajuda naquele lugar seria difícil. O que seria de mim? Me tornei vítima de minha própria paixão. Só restava torcer para sobreviver a isto.
Até que finalmente me pareceu que a angústia teria um fim. Despertei daquele inconveniente pesadelo. Tinha que ter dormido em cima do braço? A medida que recuperava o movimento e tentava voltava dormir, fiquei pensando como é bom criar abelhas nativas. Apenas abelhas nativas. Voltei a dormir sossegado.
Amigo João,
ResponderExcluirbela postagem,ainda bem que foi só um sonho...,pois a meliponicultura não seria a mesma s seu sonho fosse realidade...
Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
Oi amigo...
ResponderExcluirPassei para falar um oi e aproveitar para xeretar os assuntos sobre Meliponiidae, que muito me encanta.
Abraços e felicidades.