Ramos, JC; Dutra-Valente, D; Resende, HC; Tavares, MG; Campos, LAO; Fernandes-Salomão, TM
Centro de Ciências Bológicas e da Saúde, Departamento de Biologia Geral, Setor de Biologia Celular e Biofísica, Universidade
Federal de Viçosa.
marbyo@yahoo.com.br
Palavras-chave: PCR-RFLP, Hymenoptera, Melipona capixaba, COI e rDNA
A abelha indígena Melipona capixaba, popularmente conhecida como ‘’uruçu preta’’, é endemica das regiões
motanhosas do estado do Espírito Santo no Brasil e está incluída, desde 2003, na lista de espécies ameaçadas do IBAMA. Com o objetivo de obter subsídeos moleculares que possam ser utilizados na elaboração de plano de manejo voltado para a conservação dessa espécie, foram realizados estudos de diversidade genética de M. capixaba coletadas em diferentes localidades abrangendo os municípios de Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Maria de Jetibá, Santa Tereza, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante. Empregando primers específicos, o DNA genômico de 12 operárias adultas foi utilizado para amplificar fragmentos de 1850 pb do gene mitocondrial citocromo oxidase subunidade I (COI) e de 3600 pb da região do rDNA nuclear compreendendo os espaçadores intergênicos 1 e 2 e o gene 5.8S (ITS-1/5.8S/ ITS-2). Ambos os produtos PCR COI e ITS-1/5.8S/ITS-2 foram digeridos com 50 enzimas de restrição. O produto da digestão foi separado por eletroforese em gel de agarose 2% (p/v) ou poliacrilamida 12% (p/v) e os padrões de restrição foram anotados. As análises posteriores foram realizadas utilizando DNA genômico de 93 operárias. Os produtos PCR COI foram digeridos com 5 enzimas de restrição (DraI, HinfI, KspAI, MspI e SspI) e ITS-1/5.8S/ ITS-2 com 3 enzimas (HinfI, MspI e TasI), selecionadas entre as 50 endonucleases previamente testadas. Nenhum polimorfismo foi identificado na região ITS-1/5.8S/ITS-2. A não detecção de polimorfismo nesta região mostra
a fragilidade da espécie em termos de variabilidade. Polimorfismos RFLP foram evidenciados nas sequências
COI e 8 haplótipos mitocondriais (ABABB, AAAAC, BBABB, AAAAA, BAAAC, AAAAD, BABAC e BAABC) foram identificados. Haplótipos COI compartilhados entre amostras de diferentes localidades também foram observados. Uma possível explicação para esse compartilhamento de haplótipos é a prática comum na região de transporte de colônias entre as localidades conduzida por meliponicultores. Os resultados obtidos mostram que esforços no sentido de conduzir o manejo de M. capixaba devem ser efetuados visando aumentar a diversidade e reintroduzir colônias em áreas onde esta abelha foi extinta, contribuindo, assim, para a conservação da espécie.
Apoio: FAPEMIG e CAPES
Melipona capixaba (Hymenoptera: Apidae, Meliponini):
variabilidade genética por PCR-RFLP do rDNA e do mtDNA 55
Veja o trabalho completo em:
Estrutura Genética - Uruçu Capixaba
Eu estava precisando saber dela para uma pesquisa.
ResponderExcluirobrigada