Foto: Pedro Dutra/ Secom-ES |
O Convento da Penha, principal patrimônio cultural
do Espírito Santo, é um dos santuários mais antigos do Brasil. Está situado em
um penhasco de 154 metros de altitude, e é uma importante área de fragmento
de Mata Atlântica.
Ocorre que muitas árvores estão colocando em risco
as residências ao redor da área do Convento, sendo que já foram registrados
acidentes.
Dessa forma, foram identificadas por técnicos
da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município de Vila
Velha, a necessidade de suprimir ou podar 67 árvores. São árvores que estão
podres, com muito cupim e raízes expostas, podendo a qualquer momento caírem
sobre casas.
Além da Defesa Civil de Vila Velha, outros órgãos
embasaram a decisão do município: o Ministério Público Estadual (MPES), o Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e o Instituto de Defesa
Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF), que marcou as árvores a
serem suprimidas.
FÉ NA
SUSTENTABILIDADE
No ano de 2017 foi iniciado no Convento da Penha o Programa “Ecos do
Convento”, que prevê uma série de ações para a conscientização da importância
da preservação ambiental.
É nesse contexto que o Instituto Brasileiro de Apoio ao Desenvolvimento
Social e Econômico – IBA, coordenador do Programa Ecos do Convento, convidou a Associação
dos Meliponicultores do Estado do Espírito Santo – AME-ES para desenvolver um trabalho
com as Abelhas Nativas Sem Ferrão - ANSF dentro desse Programa.
As duas entidades estão conversando para delinear as ações. Está previsto
um levantamento para averiguar se nas árvores a serem suprimidas existem
enxames de ANSF a serem resgatados, e, em caso positivo, a instalação destes em
um meliponário na área do Convento, aberto à visitação pública, que
servirá também para educação ambiental.
EXPOSIÇÃO
No sábado dia 22 de setembro haverá uma exposição de algumas das espécies
de abelhas sem ferrão e de fotografias feitas pelos associados da AME-ES. Nesse
dia, das 8 às 16 horas, alguns meliponicultores associados estarão à
disposição dos visitantes para falar sobre as abelhas nativas, para orientações
sobre como se tornar meliponicultor(a) e ajudar na causa da preservação das
abelhas nativas. Na oportunidade, os visitantes poderão ver como é o ninho de
diferentes espécies de abelhas, aprender sobre a biologia, manejo e as relações
ecológicas envolvendo as abelhas nativas.
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