Conseguir enxameamento de meliponas como a uruçu para isca é bastante difícil,muito embora Algumas pessoas já conseguiram ter enxameamento de mandaçaias para caixas de abelhas apis e há relatos de enxameação delas até em caixa de leite.
Já com jataí é mais fácil. No blog tem uma postagem sobre isca feita com garrafa PET:
http://meliponariocapixaba.blogspot.com/2009/11/como-capturar-enxames.html.
Veja também o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=9Bdu1YCPGms
De Outra forma, é basicamente enrolar PET com jornal para manter a temperatura agradável, e depois com um plástico preto para escurecer bastante dentro da garrafa. A entrada para as abelhas, no caso de jataí pode ter a bitola de uma caneta, por exemplo. pode ser feito na tampa da garrafa e esta ficará no local escolhido, deitada. Deve-se ainda fazer pequenos furos com uma agulha para eventual umidade escorrer para o jornal.Uma outra opção é deixar a garrafa de pé e ainda colocar um pedaço de canudo destes mais grossos, de vitamina.
Para atrair as abelhas, o ideal seria conseguir um pouco do própolis e de cera da própria abelha que se deseja. A própolis deve ser posto na garrafa, antes ser furada, depois escorrido para ficar o cheiro. Pode também fazer uns anéis com a cera da abelha e colocar em volta do furo de entrada e umas bolinhas de cera no interior dela. No caso de não se conseguir material da própria jataí goteje própolis de abelhas apis mesmo, estes de farmácia. O anel de cera que citei pode ser feito com um pedaço do pito de entrada de alguma colônia que exista na natureza. Elas irão recompô-lo, rapidamente. A isca pode ser feita também diretamente em uma caixa de abelha vazia. Lembrar de colocá-las longe de muita umidade e de sol direto.
imagem extraída de http://abelhasdomato.webnode.com.pt/
Pode-se ainda utilizar caixa Tetrapark, bambus, etc.
Quanto à divisão (desdobramento), Que deve ser feita em épocas de tempo firme e de muita florada, é de forma resumida, feito, pegando-se de uma colônia forte, favos de crias com as abelhas já começando a nascer e abelhas aderentes, ou seja, aquelas recém nascidas, que são colocados na nova caixa. Não são necessários muitos favos (discos) de cria. Uns dois já basta. Depois, se for o caso pode-se colocar mais. Esta caixa filha vai ficar no local em que está a caixa escolhida para doar as abelhas campeiras, de preferência que não seja a mesma que doou as crias para não sacrificá-la.
Esquema para realização de divisão (Rilen Lima RJ) - Clique p/ ampliar
Isto em uma caixa cúbica, pois se for caixas de gavetas (INPA, Fernando de Oliveira), vai-se apenas retirar uma gaveta em que estiverem as abelhas nascentes, e colocá-la sobre o ninho da nova caixa. Hoje em dia, alguns estão optando por fazer um porão, e nele colocar o furo de entrada e um labirinto de madeira ou com um pedaço de mangueira destas com estrias(para facilitar o caminhar das abelhas), utilizados em construções para se passar fios elétricos. Sobre este porão, então, é posta a gaveta com as crias para ali se iniciar uma nova colônia. O objetivo é que os favos fiquem em baixo, para ali também começar a postura da rainha escolhida. Os meliponicultores experiêntes sabem pela comprovação prática, que a postura quando se inicia em baixo, é mais rápida. Agora, se a gaveta da caixa escolhida tiver um furo de entrada, poderá ser posta diretamente sobre um piso de tábua. Há de se observar ainda que no caso de trigonas como a jataí, é importante que nos favos que vão formar a nova colônia, haja uma realeira , uma célua de tamanho muito maior do que as células comuns.
Foto de Reginaldo(SC), postada na ABENA em 04/10/2009
Clique para ampliar
Foto de Reginaldo, postada na ABENA em 04/10/2009
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Esta caixa filha então vai ficar no local onde esteja uma colônia forte, para assim, ser abastecida de campeiras. A caixa deve ser lacrada com fita crepe, para evitar a entrada dos forídeos, pequenas moscas que quando colocam os ovos, as larvas devoram as crias das abelhas. Deve-se também, colocar pequenas vasilhas com vinagre, para os forídeos serem atraídos, ali entrar e se afogarem. Os furos devem ser pequenos para que passem apenas os forídeos. No caso de jataí não é necessário tanta precaução, pois os forídeos não as incomodam muito. Porém prevenir pouco custa.
No primeiro dia, não é recomendável dar alimento. No dia seguinte, um xarope com água e açúcar no mesmo volume ou mel puro. Utilize uns palitos ou tela para que as abelhas não se afoguem. Evitar abrir muito.
Depois de 20 a 30 dias deve-se abrir com muito cuidado uma pequena janela no invólucro do ninho para verificar se tem postura. Caso não haja posturas, aí é colocar mais crias nascentes.
Somos de Vitória - ES e mantemos abelhas também nos municípios de Cariacica e Divino de São Lourenço (Patrimônio da Penha).Criamos algumas das espécies que ocorrem naturalmente nestas localidades.
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Centro de Referência em Meliponicultura.
Criadores de abelhas nativas vão ganhar centro de referência
Os criadores de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultores) do Maranhão em breve vão ganhar um centro de referência em meliponicultura. Os recursos para a construção virão de convênio de cooperação financeira, a ser firmado no dia 30 de junho, entre a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Cooperativa Agroecológica dos Meliponicultores da Baixada Maranhense (Coamel). Ao todo serão investidos R$ 342.187,50, sendo 340.144,50 aportados pela FBB.
O centro será construído na cidade de Peri-Mirim e será constituído de três unidades: administrativa – composta pelos núcleos de capacitação, pesquisa e inteligência competitiva; extração de mel; e beneficiamento – entreposto de Mel. Como resultado desse convênio, é possível que surja o primeiro entreposto brasileiro de mel de abelhas nativas registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com Sistema de Inspeção Federal (SIF), o que possibilitará a venda para os mercados interno e externo.
“A idéia da construção do centro de referência começou ainda durante as execuções dos projetos Melípona e Melípona Comercialização, no período de 2007/2009, sendo o convênio resultado dos esforços do Sebrae no Maranhão, Banco do Brasil e Fundação Banco do Brasil, tendo se consolidado na execução do projeto Meliponicultura na Baixada Maranhense”, afirma a coordenadora dos trabalhos no Sebrae em Pinheiros, Dulcileide Salinas.
Na unidade administrativa irá funcionar os núcleos de capacitação, pesquisa e inteligência competitiva. Seu objetivo será disponibilizar aos meliponicultores cursos de capacitação constantes nas áreas tecnológicas e gerenciais e, em parceria com órgãos governamentais, desenvolver pesquisas que propiciem a sustentabilidade e disseminação da meliponicultura, aumento da produção, produtividade e preservação do meio-ambiente. Além de disponibilizar ferramentas com fins de identificação, coleta, análise e tratamento das informações sobre as necessidades e exigências do mercado consumidor.
Já na unidade de extração de mel, a idéia é produzir mel e derivados de abelhas nativas em conformidade às exigências legais e mercadológicas. A unidade de beneficiamento (entreposto de mel) ficará responsável por escoar a produção do mel de abelhas nativas e seus derivados, para mercados internos e externos (França, EUA, Japão, Itália), bem como escoar a produção de mel de abelha africanizada (APIS) do Maranhão.
De acordo com o coordenador nacional de apicultura no Sebrae, Reginaldo Resende, já funciona, em Mossoró (RN), um centro nos mesmos moldes do que será instalado no Maranhão. O meliponicultor Paulo Menezes foi o primeiro a conseguir no estado o Sistema de Inspeção Estadual. Menezes se envolveu com a criação de abelha jandaíra, tipo de abelha nativa, em 1983. Hoje, ele é um dos principais criadores do país, com cerca de 600 colméias de jandaíras em Mossoró.
“A certificação me trouxe uma série de benefícios. Primeiro tive de cumprir uma série de exigências impostas pelo Ministério da Agricultura, entre elas, a formalização da minha empresa, para adquirir CNPJ, e passei a fornecer mel para todo o Estado do Rio Grande do Norte. A legalização também possibilitou que eu participasse de um edital da Fundação para o Desenvolvimento de Pesquisa no Estado do Rio Grande do Norte (FATERN). A Fundação, a partir de convênio de 15 meses, vai disponibilizar dois pesquisadores que irão desenvolver uma máquina que retira parte da água que compõe o mel. Isso é um grande investimento em inovação e tecnologia”, ressalta Menezes.
Data: 21-06-2010
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Os criadores de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultores) do Maranhão em breve vão ganhar um centro de referência em meliponicultura. Os recursos para a construção virão de convênio de cooperação financeira, a ser firmado no dia 30 de junho, entre a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Cooperativa Agroecológica dos Meliponicultores da Baixada Maranhense (Coamel). Ao todo serão investidos R$ 342.187,50, sendo 340.144,50 aportados pela FBB.
O centro será construído na cidade de Peri-Mirim e será constituído de três unidades: administrativa – composta pelos núcleos de capacitação, pesquisa e inteligência competitiva; extração de mel; e beneficiamento – entreposto de Mel. Como resultado desse convênio, é possível que surja o primeiro entreposto brasileiro de mel de abelhas nativas registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com Sistema de Inspeção Federal (SIF), o que possibilitará a venda para os mercados interno e externo.
“A idéia da construção do centro de referência começou ainda durante as execuções dos projetos Melípona e Melípona Comercialização, no período de 2007/2009, sendo o convênio resultado dos esforços do Sebrae no Maranhão, Banco do Brasil e Fundação Banco do Brasil, tendo se consolidado na execução do projeto Meliponicultura na Baixada Maranhense”, afirma a coordenadora dos trabalhos no Sebrae em Pinheiros, Dulcileide Salinas.
Na unidade administrativa irá funcionar os núcleos de capacitação, pesquisa e inteligência competitiva. Seu objetivo será disponibilizar aos meliponicultores cursos de capacitação constantes nas áreas tecnológicas e gerenciais e, em parceria com órgãos governamentais, desenvolver pesquisas que propiciem a sustentabilidade e disseminação da meliponicultura, aumento da produção, produtividade e preservação do meio-ambiente. Além de disponibilizar ferramentas com fins de identificação, coleta, análise e tratamento das informações sobre as necessidades e exigências do mercado consumidor.
Já na unidade de extração de mel, a idéia é produzir mel e derivados de abelhas nativas em conformidade às exigências legais e mercadológicas. A unidade de beneficiamento (entreposto de mel) ficará responsável por escoar a produção do mel de abelhas nativas e seus derivados, para mercados internos e externos (França, EUA, Japão, Itália), bem como escoar a produção de mel de abelha africanizada (APIS) do Maranhão.
De acordo com o coordenador nacional de apicultura no Sebrae, Reginaldo Resende, já funciona, em Mossoró (RN), um centro nos mesmos moldes do que será instalado no Maranhão. O meliponicultor Paulo Menezes foi o primeiro a conseguir no estado o Sistema de Inspeção Estadual. Menezes se envolveu com a criação de abelha jandaíra, tipo de abelha nativa, em 1983. Hoje, ele é um dos principais criadores do país, com cerca de 600 colméias de jandaíras em Mossoró.
“A certificação me trouxe uma série de benefícios. Primeiro tive de cumprir uma série de exigências impostas pelo Ministério da Agricultura, entre elas, a formalização da minha empresa, para adquirir CNPJ, e passei a fornecer mel para todo o Estado do Rio Grande do Norte. A legalização também possibilitou que eu participasse de um edital da Fundação para o Desenvolvimento de Pesquisa no Estado do Rio Grande do Norte (FATERN). A Fundação, a partir de convênio de 15 meses, vai disponibilizar dois pesquisadores que irão desenvolver uma máquina que retira parte da água que compõe o mel. Isso é um grande investimento em inovação e tecnologia”, ressalta Menezes.
Data: 21-06-2010
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
quinta-feira, 17 de junho de 2010
QUASE 30 MIL HECTARES DE DESMATAMENTO NA MATA ATLÂNTICA ENTRE 2008 E 2010
FONTE: www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100527/not_imp557376,0.php
A transformação da mata em carvão para abastecer a siderurgia é apontada como uma das causas para o alto desmatamento em Minas. Na sequência, aparecem no ranking o Paraná (2,6 mil hectares perdidos) e Santa Catarina (2,1 mil hectares).
Os dados são da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram detectados desmatamentos maiores que 3 hectares e analisados 9 dos 17 Estados que possuem Mata Atlântica. Não foi possível observar o Nordeste em razão da grande cobertura de nuvens que atrapalhou a visualização das imagens do satélite Landsat 5.
Segundo Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, as denúncias sobre a origem do carvão têm se repetido, mas não se observa "a presença do poder público nesses lugares". "Não existe fiscalização efetiva. E há grandes empresas que dizem ter responsabilidade social, mas que não sabem a origem dos produtos que compram", afirma.
Outra preocupação com Minas é um projeto de lei que pretende tirar a proteção das matas secas (com árvores que perdem suas folhas durante a estação seca), consideradas Mata Atlântica. Isso pode acelerar a devastação. A proposta foi aprovada em primeiro turno e aguarda a segunda votação. "Consideramos o projeto inconstitucional e esperamos que o governador não sancione", diz Aline Cardoso, assessora jurídica da Associação Mineira de Defesa do Ambiente.
O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) de Minas destaca que o Estado possui a maior área remanescente de Mata Atlântica. E ressalta que "o número de municípios mineiros que desmatou o bioma caiu de 405, no período de 2005/2008, para 159 no último levantamento".
O Instituto Aço Brasil (AIBr) afirma que, até 2012, 100% do carvão vegetal usado pela indústria do aço será proveniente de florestas plantadas.
Longe da meta. Foi observada queda de 21% na taxa média anual de desmate da Mata Atlântica se comparado com o período anterior do estudo, de 2005 a 2008. O dado, porém, não é animador. O País se comprometeu na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) a zerar o desmate no bioma até este ano, o que está longe de acontecer.
E, para Márcia Hirota, coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica, a queda da taxa não ocorreu em todos os Estados. Minas teve aumento de 15% e o Rio Grande do Sul, de 83%. Neste, não foi identificada a causa da transformação da floresta, o que será investigado a partir de agora. Os desmates foram observados na região serrana.
Também no Sul, Santa Catarina tem sido observado de perto após aprovar em 2009 lei que afrouxou as regras ambientais - permitindo a redução da faixa de preservação ao longo de rios. O Estado diminuiu a taxa anual de desmatamento em 75% em relação ao período anterior, mas ainda continua em terceiro no ranking dos maiores desmatadores.
Para Márcia, as chuvas e acidentes naturais que atingiram Santa Catarina podem ter contribuído para frear a economia e, com isso, o desmatamento. "Estamos dando uma boa notícia para Santa Catarina. O governo agora precisa aprender com isso e mostrar que é possível proteger a Mata Atlântica", afirma Mantovani.
Afra Balazina - O Estado de S.Paulo
Mais de 20,8 mil hectares de Mata Atlântica - o equivalente a 130 Parques do Ibirapuera - foram desmatados entre 2008 e 2010 no Brasil. Desta vez, o bioma que já perdeu cerca de 93% de sua área original foi mais maltratado em Minas Gerais. O Estado liderou com folga o ranking dos maiores destruidores da floresta, com 12,5 mil hectares cortados. A transformação da mata em carvão para abastecer a siderurgia é apontada como uma das causas para o alto desmatamento em Minas. Na sequência, aparecem no ranking o Paraná (2,6 mil hectares perdidos) e Santa Catarina (2,1 mil hectares).
Os dados são da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram detectados desmatamentos maiores que 3 hectares e analisados 9 dos 17 Estados que possuem Mata Atlântica. Não foi possível observar o Nordeste em razão da grande cobertura de nuvens que atrapalhou a visualização das imagens do satélite Landsat 5.
Segundo Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, as denúncias sobre a origem do carvão têm se repetido, mas não se observa "a presença do poder público nesses lugares". "Não existe fiscalização efetiva. E há grandes empresas que dizem ter responsabilidade social, mas que não sabem a origem dos produtos que compram", afirma.
Outra preocupação com Minas é um projeto de lei que pretende tirar a proteção das matas secas (com árvores que perdem suas folhas durante a estação seca), consideradas Mata Atlântica. Isso pode acelerar a devastação. A proposta foi aprovada em primeiro turno e aguarda a segunda votação. "Consideramos o projeto inconstitucional e esperamos que o governador não sancione", diz Aline Cardoso, assessora jurídica da Associação Mineira de Defesa do Ambiente.
O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) de Minas destaca que o Estado possui a maior área remanescente de Mata Atlântica. E ressalta que "o número de municípios mineiros que desmatou o bioma caiu de 405, no período de 2005/2008, para 159 no último levantamento".
O Instituto Aço Brasil (AIBr) afirma que, até 2012, 100% do carvão vegetal usado pela indústria do aço será proveniente de florestas plantadas.
Longe da meta. Foi observada queda de 21% na taxa média anual de desmate da Mata Atlântica se comparado com o período anterior do estudo, de 2005 a 2008. O dado, porém, não é animador. O País se comprometeu na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) a zerar o desmate no bioma até este ano, o que está longe de acontecer.
E, para Márcia Hirota, coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica, a queda da taxa não ocorreu em todos os Estados. Minas teve aumento de 15% e o Rio Grande do Sul, de 83%. Neste, não foi identificada a causa da transformação da floresta, o que será investigado a partir de agora. Os desmates foram observados na região serrana.
Também no Sul, Santa Catarina tem sido observado de perto após aprovar em 2009 lei que afrouxou as regras ambientais - permitindo a redução da faixa de preservação ao longo de rios. O Estado diminuiu a taxa anual de desmatamento em 75% em relação ao período anterior, mas ainda continua em terceiro no ranking dos maiores desmatadores.
Para Márcia, as chuvas e acidentes naturais que atingiram Santa Catarina podem ter contribuído para frear a economia e, com isso, o desmatamento. "Estamos dando uma boa notícia para Santa Catarina. O governo agora precisa aprender com isso e mostrar que é possível proteger a Mata Atlântica", afirma Mantovani.
terça-feira, 15 de junho de 2010
ALGUMAS OPÇÕES DE HOSPEDAGEM NO CAPARAÓ
Fonte: www.gazetaonline.globo.com
08/06/2010 - 14h47 - Atualizado em 08/06/2010 - 14h47
Pousadas rústicas e refinadas: hoje se encontra de tudo no Caparaó Capixaba
Ficar hospedado em uma casa simples de fazenda foi o início do turismo na região. Mas agora já é possível ficar em pousadas mais requintadas e com muitos serviços
Andresa Alcoforado - Da Redação Multimídia
foto: Andresa Alcoforado

Pousada em Dores do Rio Preto
Tem para todos os gostos e também preços, que variam de R$ 30,00 até R$ 200,00 a diária. Desde aquelas pousadas mais aconchegantes para o casal que quer descansar e aproveitar o frio para namorar, ou mesmo, aquela pousada que reúne a família, onde é posivel fazer novos amigos e tudo se mistura com um jeito simples do interior.
O turismo deu certo na região e aos poucos os empresários começam a investir nos serviços. "Aqui na pousada temos cinco quartos, alguns com preços mais caros e outros nem tanto. Misturamos o rústico ao jeitinho da região", conta a proprietária Ângela Righette.
Novo circuito
As estradas e a comunicação ainda são desafios para quem quer investir no lugar, mas nem por isso a visita ao
foto: Andresa Alcoforado

Pousada Encanto da Serra em Divino de São Lourenço
"Queremos receber melhor aperfeiçoando a culinária e também a maneira de receber o turista. Mas não é só isso, estamos elaborando eventos e atrativos para quem visita", comenta Célia Tozzi, dona de pousada.
Em busca de sossego
Foi em busca de tranquilidade que Severino Righette foi parar em Divino de São Lourenço. A aposentadoria virou negócio e hoje ele é um dono de pousada da região. E não é só isso, além da pousada ele tem uma reserva particular dentro da propriedade e faz trabalhos com papéis reciclados.
"Estamos aqui dispostos a receber as pessoas que vêm em busca dessa paz e tranquilidade, que só existe mesmo aqui no Caparaó. Aqui na pousada, cuidamos de tudo para a pessoa se sentir mesmo em casa", conta Severino.
Serviço
Pousada Engenho do Vovô- Dores do Rio Preto
O que tem lá: cachaça, rapadura e hospedagem rural
Mais informações: (28) 9935-5147 ou pelo email: engenhodovovo@yahoo.com.br
Pousada Vale das Quaresmeiras - Mundo Novo - Dores do Rio Preto
O que tem lá: cachoeira dentro da pousada, trilhas e comidas típicas da região
Mais informações: (28) 9986-7893
Pousada Águas do Caparaó - Divino de São Lourenço / Dores do Rio Preto
O que tem lá: trilha na mata, cachoeira dentro da propriedade, observação de pássaros e passeio a cavalo
Mais informações: (28) 9985-2844 ou pelo email pousadaaguasdocaparao@hotmail.com
Pousada Vila Januária - Pedra Menina- Dores do Rio Preto
O que tem lá: cafeteria orgânica, trilhas na mata e a pousada fica há oito quilômetros do Parque Nacional do Caparaó
Mais informações: (28) 3559-3106 ou (32) 9973-8080
Pousada Fazenda Mundo Novo - Mundo Novo - Dores do Rio Preto
O que tem lá: comidas típicas da região, passeio a cavalo e hospedagem rural
Mais informações: (28) 3559-1117 ou (28) 9924-0780
Pousada Encanto da Serra - Patrimônio da Penha- Divino de São Lourenço
O que tem lá: RPPN, cachoeiras, parque para as crianças, trilha na mata, cachoeira e comidas típicas
Mais informações: (28) 9882-5861, (28) 9917-1424 ou pelo email encantodaserra.caparao@hotmail.com
Pousada Jardim Botânico Vilarte - Pedra Menina- Dores do Rio Preto
O que tem lá: trilhas na mata, comidas diversas, piano bar e cachoeira
Mais informações: (32) 9942 5716
Pousada Paineiras - Pedra Menina - Dores do Rio Preto
O que tem lá: passeio a cavalo, comida regional e hospedagem rural
Mais informações: (28) 3559-3008
Pousada dos Anjos - Pedra Menina Dores do Rio Preto
O que tem lá: hospedagem no estilo cama e café
Mais informações: (28) 3559-3085
Pousada da Vovó Geni - Pedra Menina - Dores do Rio Preto
O que tem lá: hospedagem rural e comida típica
Mais informações: (28) 3559-3065
Pousada e Restaurante da Consuelo - Dores do Rio Preto
O que tem lá: hospedagem na área urbana de Dores do Rio Preto e comida típica da região
Mais informações: (28) 3559-1322
Espaço de Vivências Jardim do Beija-Flor - Patrimônio da Penha - Divinode São Lourenço
O que tem lá: comida vegetariana, comunidade alternativa e vivências
Mais informações: (27) 9838-1586, (28) 9972-4598 ou (28) 3551-1913
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Noni
Vendemos extrato composto de NONI PRÓPOLIS E MEL. O mel proporciona ao noni um sabor doce e agradável e a adição do própolis potencializou o seu poder de ação e serve também como conservante natural. para encomendar entre em contato pelo fone 27 9814 1687.
Quando o corpo usa o oxigênio para queimar a energia contida nos alimentos, as células passam a produzir inimigos: Os radicais livres, moléculas defeituosas que oxidam e produzem estragos nas mitocôndrias, as usinas de força das células.
Essas reações estão relacionadas a câncer,doenças cardiovasculares e envelhecimento.
As chances de neutralizar esses vilões aumentarão quando auxiliadas por um alimento que contenha diferentes elementos antioxidantes, como vitaminas e outros. Portanto para saber do poder de fogo de alimento na proteção da células, compara-se seu potencial antioxidante com o da vitamina E que é o padrão cientifico, pelo alto poder antioxidante deste nutriente.
Sabe-se que alguns alimentos são bem mais carregados de radicais livres que outros. E Segundo os especialistas, os NONI é ótimo exemplo de alimento rico em antioxidante.
Noni, uma fruta milagrosa
Fruto nativo da Polinésia Francesa, seu nome científico é Morinda citrifolia, da família Rubiaceae. No idioma nativo, noni tem um significado bastante feliz para uma planta medicinal de cura; pois a tradução da palavra quer dizer “vida”.
Na literatura médica, encontramos os doutores Neil Solomon e John Hopkins, dos Estados Unidos da América, realizaram amplos estudos e pesquisas com esta planta, utilizando-se de um universo de 10.000 pacientes, obtendo resultados muito favoráveis ao uso do suco de noni.
O Noni é uma fruta de extraordinárias propriedades curativas. Apesar de possuir um sabor muito amargo e cheiro desagradável, o Noni, como suplemento nutritivo, é muito agradável ao paladar e ao olfato porque é misturado com suco integral de uva. As pesquisas ressaltam que o Noni estimula o sistema imunológico regulando a função celular e a regeneração das células destruídas. O Dr Richard Dicks, médico clínico de New Jersey, nos diz: O fato de que o Noni atua no nível celular mais básico e fundamental, pode explicar porque é eficaz para uma grande variedade de afecções. O Noni salva o corpo porque proporciona os nutrientes que lhe são necessários.
Eis algumas indicações:
• Estimula o Sistema Imunológico
• Inibe o crescimento de tumores cancerosos
• Regenera as células danificadas
• Auxilia o Sistema Circulatório
• Combate a Fadiga e o Stress
• Aumenta os Níveis de Energia
• Reduz a hipertensão
• Possui propriedades antibacterianas
• Interage com a melatonina e a serotonina ajudando a regular o sono, a temperatura e os estados de ânimo
• Extraordinário efeito analgésico
• Indicado para o caso de refluxo gastro-esofágico.
O Noni não só oferece muitos benefícios próprios, mas também aumenta a eficácia de outros alimentos.
Quando o corpo usa o oxigênio para queimar a energia contida nos alimentos, as células passam a produzir inimigos: Os radicais livres, moléculas defeituosas que oxidam e produzem estragos nas mitocôndrias, as usinas de força das células.
Essas reações estão relacionadas a câncer,doenças cardiovasculares e envelhecimento.
As chances de neutralizar esses vilões aumentarão quando auxiliadas por um alimento que contenha diferentes elementos antioxidantes, como vitaminas e outros. Portanto para saber do poder de fogo de alimento na proteção da células, compara-se seu potencial antioxidante com o da vitamina E que é o padrão cientifico, pelo alto poder antioxidante deste nutriente.
Sabe-se que alguns alimentos são bem mais carregados de radicais livres que outros. E Segundo os especialistas, os NONI é ótimo exemplo de alimento rico em antioxidante.
Noni, uma fruta milagrosa
Fruto nativo da Polinésia Francesa, seu nome científico é Morinda citrifolia, da família Rubiaceae. No idioma nativo, noni tem um significado bastante feliz para uma planta medicinal de cura; pois a tradução da palavra quer dizer “vida”.
Na literatura médica, encontramos os doutores Neil Solomon e John Hopkins, dos Estados Unidos da América, realizaram amplos estudos e pesquisas com esta planta, utilizando-se de um universo de 10.000 pacientes, obtendo resultados muito favoráveis ao uso do suco de noni.
O Noni é uma fruta de extraordinárias propriedades curativas. Apesar de possuir um sabor muito amargo e cheiro desagradável, o Noni, como suplemento nutritivo, é muito agradável ao paladar e ao olfato porque é misturado com suco integral de uva. As pesquisas ressaltam que o Noni estimula o sistema imunológico regulando a função celular e a regeneração das células destruídas. O Dr Richard Dicks, médico clínico de New Jersey, nos diz: O fato de que o Noni atua no nível celular mais básico e fundamental, pode explicar porque é eficaz para uma grande variedade de afecções. O Noni salva o corpo porque proporciona os nutrientes que lhe são necessários.
Eis algumas indicações:
• Estimula o Sistema Imunológico
• Inibe o crescimento de tumores cancerosos
• Regenera as células danificadas
• Auxilia o Sistema Circulatório
• Combate a Fadiga e o Stress
• Aumenta os Níveis de Energia
• Reduz a hipertensão
• Possui propriedades antibacterianas
• Interage com a melatonina e a serotonina ajudando a regular o sono, a temperatura e os estados de ânimo
• Extraordinário efeito analgésico
• Indicado para o caso de refluxo gastro-esofágico.
O Noni não só oferece muitos benefícios próprios, mas também aumenta a eficácia de outros alimentos.
terça-feira, 8 de junho de 2010
RECEITAS COM MEL DAS ABELHAS NATIVAS.
Aos poucos o mel das abelhas sem ferrão vai conquistando o espaço que merece no no Brasil. Trata-se de uma iguaria especial, desconhecida pela maioria dos brasileiros, que não têm o menor conhecimento de nossas riquezas e nem imaginam que além das abelhas exóticas temos centenas de especies nativas que produzem um mel de paladar muito melhor e com propriedades medicinais cada mais reconhecidas.
Mas isto pode mudar. Com o esforço dos meliponicultores, aos poucos os brasileiros vão se abrindo para as novas possibilidades, ou melhor, retomando as antigas e esquecidas possibilidades que com o tempo foram sendo substituídas pelas práticas importadas pelos nossos colonizadores.
É com alegria que vemos matérias como esta da revista Menu, edição 138, publicada no Portal Terra, que reproduzimos abaixo:
Fonte:
http://revistamenu.terra.com.br/edicoes/138/artigo175445-1.htm
O mel de abelhas sem ferrão traz um universo de aromas que vão muito além do tradicional produto da apicultura
por Beatriz Marques fotos Evelyn Müller
Elas sempre estiveram entre nós. As abelhas sem ferrão brasileiras, também chamadas de meliponíneos, são velhas conhecidas dos índios do País, que usam seus produtos – de grande concentração antibiótica – para a recuperação dos enfermos. Além de seu poder medicinal, outra riqueza dos produtos dessas abelhas é revelada quando seu mel é levado à boca: uma impressionante variedade de sabores. Acidez, aromas florais e terrosos e uma infinidade de notas gustativas são proporcionados pelo precioso ingrediente, fruto do trabalho de espécies como jataí, tubi e tiúba, entre outras abelhas sem ferrão. Esta iguaria, encontrada em diferentes partes do País, ainda não é muito conhecida pelo paladar urbano. Apesar das centenas de espécies de abelhas já descobertas em nosso território, a grande produção de mel no País ainda está concentrada em dois tipos do inseto: as abelhas europeias (Apis mellifera L.), trazidas pelos jesuítas no século 19, e as africanas (Apis mellifera scutellata), registradas na década de 1950 no interior de São Paulo. Pela alta produtividade – são 100 quilos por ano de mel produzido por essas abelhas, contra cerca de 2 a 7 quilos feitos pelas meliponíneas –, o mercado foi tomado por aquele líquido denso, alaranjado e bem açucarado, enquanto o rico produto das abelhas nativas, de cores e densidades variadas, foi marginalizado, a ponto de não poder ser chamado apenas de mel. Segundo a legislação brasileira, a palavra só pode ser utilizada para designar o mel com, no máximo, 20% de umidade, algo raro para o produto das meliponíneos, que tem em torno de 35% de umidade.
Por não se encaixar nos parâmetros da lei, o mel das abelhas sem ferrão não é passível de inspeção federal e, portanto, sua comercialização ainda é considerada irregular. “A conservação do produto é o maior problema. Com maior teor de umidade, o mel nativo fermenta com muito mais facilidade”, explica Jerônimo Villas-Bôas, ecólogo da Universidade Federal da Paraíba, que trabalha com análises físico-químicas e organolépticas do mel nativo desde 2004. Para resolver este entrave e permitir que o ingrediente possa ser comercializado em todo o País, uma nova legislação está sendo feita, especificamente para este produto, que deverá ser batizado de mel de abelhas sem ferrão.
Enquanto isso não ocorre, muitos meliponicultores estão recorrendo a diferentes técnicas para chegar a uma padronização do mel nativo. O biólogo Murilo Drummond, do Amavida (Associação Maranhense para a Conservação da Vida) e coordenadorgeral do projeto Abelhas Nativas, trabalha com 19 comunidades do Maranhão que vivem da venda e consumo de pólen, própolis e mel das abelhas tiúba, jandaíra, uruçu e tubi, na tentativa de regulamentar esses produtos. Para deixar o mel estável, ou seja, sem fermentar até chegar ao consumidor, a opção utilizada pelo grupo é o processo de maturação, que permite controlar a fermentação do mel nativo até ele não oferecer mais riscos ao consumo. “Deixamos o mel em temperatura ambiente até que fermente por completo. O resultado é um líquido apurado, de sabor mais acentuado”, garante Drummond. Quando pronto, o ingrediente é embalado e vendido como NatMel, pela marca Meliponina. “O nome é uma forma de nos destacarmos e também de mostrar a diferença entre o mel tradicional e os nossos produtos”, explica ele. Outros processos que costumam ser adotados por alguns produtores são a desumidificação e a pasteurização do mel nativo, mas ambos têm o inconveniente de alterar em demasia o sabor do ingrediente. Há ainda a opção de conservar esse mel em geladeira, mas isso confere a ele uma longevidade menor do que a obtida nos outros processos.
Com os trâmites burocráticos em andamento para permitir a regulamentação do produto, o mel de abelhas nativas vai conquistando cada vez mais seu espaço na cozinha de chefs e gourmets, que buscam novos sabores para suas criações gastronômicas. Cláudia Mattos, chef do Espaço Zym, em São Paulo, ficou encantada com a degustação de dez tipos de méis nativos realizada na Casa do Mel, loja em Itapecerica da Serra, em março deste ano. “É um novo universo que está se abrindo para mim”, revela. A convite da Menu, Cláudia provou as iguarias das abelhas tubi, tuju mirim, borá, tiúba, tubuna, guaraipo, jataí, mandaçaia, manduri e moça branca. O critério de escolha para a degustação foi o tipo de abelha, mas é importante lembrar que este não é o único referencial para o produto, já que a mesma abelha, em diferentes regiões e com diversas floradas, pode produzir méis completamente distintos.
Dentre os produtos degustados, Cláudia elegeu quatro como seus preferidos. “O que mais me chamou a atenção foi o da abelha borá, com nota trufada e densidade de resina, algo que nunca vi em nenhum mel”, conta. O de abelha tubi, na opinião da chef, tem um toque aerado, algo efervescente. O de tubuna, doce e mais denso, conquistou Cláudia pelas notas terrosas, enquanto o de jataí, bem viscoso, revelou-se o mais intenso em aroma. Para aproveitar as melhores qualidades destes nobres líquidos, Cláudia criou quatro receitas exclusivas para os leitores da Menu. “Com certeza colocarei outras no meu cardápio. Mesmo custando mais que o mel tradicional, vale investir nesse produto. É uma oportunidade única de provar esses sabores”, conta a chef. Agora vale a criatividade de cada um para manter viva a riqueza de sabores deste mel brasileiro.
O mel de abelhas sem ferrão traz um universo de aromas que vão muito além do tradicional produto da apicultura
Recheio
150 g de ricota fresca esfarelada; 150 g de queijo coalho picado em cubinhos; 3 colheres (sopa) de creme de leite fresco; 3 cebolas roxas cortadas em gomos; 2 colheres (sopa) de cachaça; sal marinho e pimenta-do-reino a gosto; mel de abelha nativa tubuna a gosto
Recheio
Misture a ricota com o queijo e o creme de leite e tempere com sal e a pimenta a gosto. Reserve. Coloque as cebolas em um refratário e leve-as para dourar no forno alto, a 200ºC. Depois de 10 minutos, regue as cebolas com a cachaça e tempere-as com sal. Deixe no forno por mais 10 minutos ou até que as cebolas fiquem macias, porém sem desmanchar. Reserve.
massa
Coloque as farinhas em um recipiente grande e junte o sal e a manteiga em pedaços. Misture com a ponta dos dedos, acrescentando a água aos poucos, até a massa ficar homogênea. Abra a massa e forre as forminhas. Leve-as para assar no forno médio preaquecido, a 180ºC, por 10 minutos. Depois de assadas, recheie as tortinhas com a mistura de queijos e disponha os gomos de cebolas assadas sobre o recheio. Leve-as ao forno novamente, apenas para aquecer.
para servir
Coloque as tortinhas num prato e sirva-as quentes, regando-as com um generoso fio de mel.
rendimento 10 porções preparo 50 minutos execução fácil
bagunçadinho
Misture o azeite, o sal e a pimenta numa tigela e reserve. Em um refratário, distribua em camadas o inhame, o shiitake, a batata-doce, o pimentão, o tomate e a cebola, pincelando com o azeite reservado entre as camadas. Despeje o restante do azeite sobre a última camada. Leve o refratário ao forno médio, a 180ºC, por 40 minutos ou até que os legumes estejam macios e a cebola esteja dourada.
Mas isto pode mudar. Com o esforço dos meliponicultores, aos poucos os brasileiros vão se abrindo para as novas possibilidades, ou melhor, retomando as antigas e esquecidas possibilidades que com o tempo foram sendo substituídas pelas práticas importadas pelos nossos colonizadores.
É com alegria que vemos matérias como esta da revista Menu, edição 138, publicada no Portal Terra, que reproduzimos abaixo:
Fonte:
http://revistamenu.terra.com.br/edicoes/138/artigo175445-1.htm
O mel de abelhas sem ferrão traz um universo de aromas que vão muito além do tradicional produto da apicultura
por Beatriz Marques fotos Evelyn Müller
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Espaço Zym rua Toneleros, 1.248 – Alto da Lapa (11) 3021-5637 – São Paulo – SP |
Por não se encaixar nos parâmetros da lei, o mel das abelhas sem ferrão não é passível de inspeção federal e, portanto, sua comercialização ainda é considerada irregular. “A conservação do produto é o maior problema. Com maior teor de umidade, o mel nativo fermenta com muito mais facilidade”, explica Jerônimo Villas-Bôas, ecólogo da Universidade Federal da Paraíba, que trabalha com análises físico-químicas e organolépticas do mel nativo desde 2004. Para resolver este entrave e permitir que o ingrediente possa ser comercializado em todo o País, uma nova legislação está sendo feita, especificamente para este produto, que deverá ser batizado de mel de abelhas sem ferrão.
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Palmito cru com frutas assadas e calda nativa |
Com os trâmites burocráticos em andamento para permitir a regulamentação do produto, o mel de abelhas nativas vai conquistando cada vez mais seu espaço na cozinha de chefs e gourmets, que buscam novos sabores para suas criações gastronômicas. Cláudia Mattos, chef do Espaço Zym, em São Paulo, ficou encantada com a degustação de dez tipos de méis nativos realizada na Casa do Mel, loja em Itapecerica da Serra, em março deste ano. “É um novo universo que está se abrindo para mim”, revela. A convite da Menu, Cláudia provou as iguarias das abelhas tubi, tuju mirim, borá, tiúba, tubuna, guaraipo, jataí, mandaçaia, manduri e moça branca. O critério de escolha para a degustação foi o tipo de abelha, mas é importante lembrar que este não é o único referencial para o produto, já que a mesma abelha, em diferentes regiões e com diversas floradas, pode produzir méis completamente distintos.
Dentre os produtos degustados, Cláudia elegeu quatro como seus preferidos. “O que mais me chamou a atenção foi o da abelha borá, com nota trufada e densidade de resina, algo que nunca vi em nenhum mel”, conta. O de abelha tubi, na opinião da chef, tem um toque aerado, algo efervescente. O de tubuna, doce e mais denso, conquistou Cláudia pelas notas terrosas, enquanto o de jataí, bem viscoso, revelou-se o mais intenso em aroma. Para aproveitar as melhores qualidades destes nobres líquidos, Cláudia criou quatro receitas exclusivas para os leitores da Menu. “Com certeza colocarei outras no meu cardápio. Mesmo custando mais que o mel tradicional, vale investir nesse produto. É uma oportunidade única de provar esses sabores”, conta a chef. Agora vale a criatividade de cada um para manter viva a riqueza de sabores deste mel brasileiro.
O mel de abelhas sem ferrão traz um universo de aromas que vão muito além do tradicional produto da apicultura
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tortinha com queijo coalho e cebola roxa na cachaça ao doce feito pelas abelhas tubuna
por Cláudia Mattos, do Espaço Zym
1 xícara (chá) de farinha de trigo; 1 xícara (chá) de farinha de trigo integral; 1/2 xícara (chá) de água fria; 90 g de manteiga sem sal; 1/2 colher (chá) de salRecheio
150 g de ricota fresca esfarelada; 150 g de queijo coalho picado em cubinhos; 3 colheres (sopa) de creme de leite fresco; 3 cebolas roxas cortadas em gomos; 2 colheres (sopa) de cachaça; sal marinho e pimenta-do-reino a gosto; mel de abelha nativa tubuna a gosto
Recheio
Misture a ricota com o queijo e o creme de leite e tempere com sal e a pimenta a gosto. Reserve. Coloque as cebolas em um refratário e leve-as para dourar no forno alto, a 200ºC. Depois de 10 minutos, regue as cebolas com a cachaça e tempere-as com sal. Deixe no forno por mais 10 minutos ou até que as cebolas fiquem macias, porém sem desmanchar. Reserve.
massa
Coloque as farinhas em um recipiente grande e junte o sal e a manteiga em pedaços. Misture com a ponta dos dedos, acrescentando a água aos poucos, até a massa ficar homogênea. Abra a massa e forre as forminhas. Leve-as para assar no forno médio preaquecido, a 180ºC, por 10 minutos. Depois de assadas, recheie as tortinhas com a mistura de queijos e disponha os gomos de cebolas assadas sobre o recheio. Leve-as ao forno novamente, apenas para aquecer.
para servir
Coloque as tortinhas num prato e sirva-as quentes, regando-as com um generoso fio de mel.
dica da chef a cebola roxa pode ser substituída nesta receita pela mesma quantidade de cebola branca. |

bagunçadinho de shiitake e raízes com mel de abelha borá
150 g de inhame descascado e cortado em lâminas
150 g de batata-doce roxa com casca cortada em lâminas
300 g de shiitake fresco
3 tomates fatiados
1 pimentão amarelo cortado em lâminas
3 cebolas cortadas em lâminas
1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
sal e pimenta-do-reino a gosto
mel de abelha nativa borá quanto baste
150 g de batata-doce roxa com casca cortada em lâminas
300 g de shiitake fresco
3 tomates fatiados
1 pimentão amarelo cortado em lâminas
3 cebolas cortadas em lâminas
1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
sal e pimenta-do-reino a gosto
mel de abelha nativa borá quanto baste
bagunçadinho
Misture o azeite, o sal e a pimenta numa tigela e reserve. Em um refratário, distribua em camadas o inhame, o shiitake, a batata-doce, o pimentão, o tomate e a cebola, pincelando com o azeite reservado entre as camadas. Despeje o restante do azeite sobre a última camada. Leve o refratário ao forno médio, a 180ºC, por 40 minutos ou até que os legumes estejam macios e a cebola esteja dourada.
para servir
Distribua porções do bagunçadinho em pratos e regue-as com o néctar de abelha.
Distribua porções do bagunçadinho em pratos e regue-as com o néctar de abelha.
dica da chef para uma versão diferente da receita, a batata-doce pode ser substituída por batata, e o inhame, por abobrinha ou berinjela. |
rendimento 4 porções preparo 1 hora execução fácil

mel nativo de amora e capim-cidreira
100 g de polpa de amora-do-mato congelada; 1 litro de água; 1/2 maço de capim-cidreira; mel de abelha tubi a gosto; amoras congeladas a gosto
néctar nativo
Bata no liquidificador o capim-cidreira com a água. Coe e bata o líquido novamente, junto com as polpas de amora. Adoce com o mel de abelha tubi a gosto.
Bata no liquidificador o capim-cidreira com a água. Coe e bata o líquido novamente, junto com as polpas de amora. Adoce com o mel de abelha tubi a gosto.
para servir
Distribua amoras a gosto no fundo de taças para espumante e despeje o suco batido. Sirva imediatamente.
Distribua amoras a gosto no fundo de taças para espumante e despeje o suco batido. Sirva imediatamente.
dica da chef experimente usar outras frutas no preparo desta bebida, como uvaia, abacaxi ou tangerina. |
rendimento 6 porções preparo 10 minutos execução muito fácil
palmito cru com frutas assadas e calda nativa
1/2 manga cortada em lascas finas
2 lâminas de abacaxi cortado em triângulos
4 laranjinhas kinkan cortadas em lâminas
1 palmito cru cortado em lâmina grossa (aproximadamente 1cm)
8 colheres (sobremesa) de mel de abelha jataí
2 lâminas de abacaxi cortado em triângulos
4 laranjinhas kinkan cortadas em lâminas
1 palmito cru cortado em lâmina grossa (aproximadamente 1cm)
8 colheres (sobremesa) de mel de abelha jataí
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A chef Cláudia Mattos |
palmito com frutas
Coloque todas as frutas em um refratário e leve-as ao forno alto, a 200ºC, por 30 minutos ou até ficarem douradas e com o sabor concentrado.
Coloque todas as frutas em um refratário e leve-as ao forno alto, a 200ºC, por 30 minutos ou até ficarem douradas e com o sabor concentrado.
para servir
Distribua as frutas em quatro pratos e guarneçaas com os pedaços de palmito cru. Finalize o prato com duas colheres de mel para cada porção.
Distribua as frutas em quatro pratos e guarneçaas com os pedaços de palmito cru. Finalize o prato com duas colheres de mel para cada porção.
dica da chef as frutas utilizadas nesta receita podem ser substituídas por outras de sua preferência, como maçã, figo ou pera. |
rendimento 4 porções preparo 40 minutos execução muito fácil
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Feriado no Caparaó
Os compromissos que me prendem na cidade de Vitória me impedem de ficar mais tempo no local que mais gosto: No meliponario da Serra do caparaó, situado em Patrimônio da Penha, no município de Divino de São Lourenço (ES).
Neste fim de semana que foi alongado pelo feriado de quinta feira, 03/06 e pelo enforcamento de sexta feira, foi possível aproveitar para usufruir melhor deste local que tanto gosto.
Meliponario Capixaba foto de Adriana Pessotti
foto de Adriana Pessotti
Estava frio, dando mostras que o inverno está chegando mesmo. O triste foi constatar que me esqueci de levar uma garrafa de vinho.
A temperatura mais alta que olhei foi 14 º, enquanto pela manhã cheguei a pegar 7,5º. Ao contrário do que já ouvi, ou melhor, li, nesta temperatura as abelhas trabalham sim. Pelo menos parte do enxame. Neste friozinho da serra, as mandaçaias estavam voando para coletar. O mesmo acontecia com as uruçus capixabas, estas em menor intensidade. Inclusive, num destes dias ainda bem cedo e frio, vi ao acordar que o alimentador externo que fora esquecido na véspera, estava cheio de mandaçaias. À medida que esquentava um pouco o movimento ia aumentando e quando batia as 10 badaladas matinais com 12 º de temperatura, era bom o movimento das aladas.
Com o frio não foi possível fazer muitos manejos e como não havia muito o que fazer em termos de trabalho na terra, fiquei mais à toa para dar umas voltinhas com minha esposa e o filho que me acompanhou.
Não é só no verão temos belos finais de tarde no Caparaó. Nestes dias também tivemos um belíssimo céu, como pode ser conferido nestas imagens.
foto de Adriana Pessotti
Foto de João Luiz
Com um tempo a gente vai ficando mais tarimbado e fica mais hábil para localizar as abelhas em seus ninhos naturais. Já localizei ninhos de mandaçaias, de Schwarziana Mourei,esta uma bela abelha de chão. O mel dela é delicioso, só que meio complicadinha de se criar em caixas, então melhor que fique pelo chão mesmo. Conheço por lá também alguns ninhos de iraí e jataí.
Nesta viagem me deparei com um tronco de árvore já morta e logo pensei que alí poderia haver abelhas. Não deu outra: O tronco é habitado por um enxame de abelhas pretas e valentes, que constroem uma entrada muito bonita de barro e resina. Pedi ajuda no grupo ABENA para tentar identificar mas não houve uma conclusão definitiva. Não é a boca sapo tradicional como inicialmente pensou o Kalhil, pois o ninho está no oco e a entrada é um pouco diferente. O Amigo Eurico de Sabará pensou ser Scaptotrigona póstica (mandaguari preta). Já para o Heráclito, pode se tratar da Tetragona clavipes, conhecida como Borá. Mas não ficou por aí, pois o Jose Halley, também se pronunciou, dando outra opinião: seria para ele, uma scaptona bipuntacta. Como confusão pouca é bobagem , o mestre Cappas também entrou na conversa e falou que pode não ser nenhuma delas mas sim uma espécie ainda desconhecida, intermediária entre outras espécies.
Bem, isto agora ficou confuso para todos e quem sabe não teremos uma nova espécie sendo catalogada? Agora é enviar alguns exemplares para a USP ou Universidade de Viçosa, sem é claro, deixar de colocar fotos da abelha para os companheiro do grupo ABENA terem mais dados além do que apenas imagens da entrada.
Eis as fotos da entrada da abelha que está longe um consenso, quanto à identificação. Dê também a tua opinião.
Neste fim de semana que foi alongado pelo feriado de quinta feira, 03/06 e pelo enforcamento de sexta feira, foi possível aproveitar para usufruir melhor deste local que tanto gosto.
Meliponario Capixaba foto de Adriana Pessotti
foto de Adriana Pessotti
Estava frio, dando mostras que o inverno está chegando mesmo. O triste foi constatar que me esqueci de levar uma garrafa de vinho.
A temperatura mais alta que olhei foi 14 º, enquanto pela manhã cheguei a pegar 7,5º. Ao contrário do que já ouvi, ou melhor, li, nesta temperatura as abelhas trabalham sim. Pelo menos parte do enxame. Neste friozinho da serra, as mandaçaias estavam voando para coletar. O mesmo acontecia com as uruçus capixabas, estas em menor intensidade. Inclusive, num destes dias ainda bem cedo e frio, vi ao acordar que o alimentador externo que fora esquecido na véspera, estava cheio de mandaçaias. À medida que esquentava um pouco o movimento ia aumentando e quando batia as 10 badaladas matinais com 12 º de temperatura, era bom o movimento das aladas.
Com o frio não foi possível fazer muitos manejos e como não havia muito o que fazer em termos de trabalho na terra, fiquei mais à toa para dar umas voltinhas com minha esposa e o filho que me acompanhou.
Não é só no verão temos belos finais de tarde no Caparaó. Nestes dias também tivemos um belíssimo céu, como pode ser conferido nestas imagens.
foto de Adriana Pessotti
Foto de João Luiz
Com um tempo a gente vai ficando mais tarimbado e fica mais hábil para localizar as abelhas em seus ninhos naturais. Já localizei ninhos de mandaçaias, de Schwarziana Mourei,esta uma bela abelha de chão. O mel dela é delicioso, só que meio complicadinha de se criar em caixas, então melhor que fique pelo chão mesmo. Conheço por lá também alguns ninhos de iraí e jataí.
Nesta viagem me deparei com um tronco de árvore já morta e logo pensei que alí poderia haver abelhas. Não deu outra: O tronco é habitado por um enxame de abelhas pretas e valentes, que constroem uma entrada muito bonita de barro e resina. Pedi ajuda no grupo ABENA para tentar identificar mas não houve uma conclusão definitiva. Não é a boca sapo tradicional como inicialmente pensou o Kalhil, pois o ninho está no oco e a entrada é um pouco diferente. O Amigo Eurico de Sabará pensou ser Scaptotrigona póstica (mandaguari preta). Já para o Heráclito, pode se tratar da Tetragona clavipes, conhecida como Borá. Mas não ficou por aí, pois o Jose Halley, também se pronunciou, dando outra opinião: seria para ele, uma scaptona bipuntacta. Como confusão pouca é bobagem , o mestre Cappas também entrou na conversa e falou que pode não ser nenhuma delas mas sim uma espécie ainda desconhecida, intermediária entre outras espécies.
Bem, isto agora ficou confuso para todos e quem sabe não teremos uma nova espécie sendo catalogada? Agora é enviar alguns exemplares para a USP ou Universidade de Viçosa, sem é claro, deixar de colocar fotos da abelha para os companheiro do grupo ABENA terem mais dados além do que apenas imagens da entrada.
Eis as fotos da entrada da abelha que está longe um consenso, quanto à identificação. Dê também a tua opinião.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
dição do dia 28/05/2010 28/05/2010 22h32 - Atualizado em 28/05/2010 23h19
EXTRA: confira aqui a receita de biscoito de pólen e gengibre
Ainda em jejum, Edésio come uma colher de pólen puro, um poderoso suplemento alimentar. “Antes de tomar o pólen, parecia que as coisas eram mais pesadas. Eu até desempenhava bem os meus papeis, só que fazia como se fosse um fardo. Hoje, eu faço muito mais coisas do que eu fazia e as coisas são mais leves”, afirma o professor.
Mas que alimento é esse? É comida de abelha e se chama pólen apícola. “O pólen é a principal fonte protéica da abelha. O néctar é a fonte de carboidratos, o pólen é a fonte de proteínas, minerais e lipídeos. Sem ele, o enxame não se desenvolve. Em poucos dias, três, quatro dias, ele pode definhar e morrer”, explica Lídia Barreto, do Centro de Estudos Apícolas da UNITAU.
Depois de pousar de flor em flor e retirar o pólen, as abelhas voltam para a colmeia carregadas. Cada bolota, como dizem os especialistas, ou bolinha amarela presa à pata é o mais puro pólen.
A cada voo que uma abelha faz, ela volta à colmeia com duas bolotas de pólen. E elas são incansáveis, chegam a fazer 80 voos por dia. Quer dizer que cada abelha produz 160 bolotas de pólen.
Para coletar o pólen, os apicultores usam uma espécie de tela na entrada da colmeia. Os furos são tão estreitos que, para passar, as abelhas são obrigadas a derrubar os grãozinhos do lado de fora.
Mas nem todo pólen é coletado. Como a tela também tem furos maiores, dois terços da comida extraída das flores vão para dentro da colméia e se transformam no pão das abelhas. O pólen é mais uma evidência de que o que é bom para as abelhas, é excelente para a gente também.
“O pólen no nosso meio é conhecido como bifinho verde. E ele tem uma composição físico-química básica de proteínas similar a um bife, em torno de 20%. Ele tem lipídeos. Esse lipídeo é um lipídeo muito bom com propriedades antioxidantes. É uma gordura, mas uma gordura boa”, destaca Lídia Barreto, coordenadora do Centro de Estudos Apícolas da UNITAU.
E ele desperta cada vez mais a curiosidade dos pesquisadores. Em um laboratório da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, as pesquisas com pólen mostraram que ele pode ajudar a combater as doenças do envelhecimento.
“Comprovamos, na verdade, que ele tem as três vitaminas antioxidantes, beta caroteno como a pró-vitamina A, a vitamina C e a vitamina E, que são as três antioxidantes”, afirma a farmacêutica bioquímica Lígia Muradian, da USP.
O pólen também é rico em vitaminas do complexo B, que ajudam, por exemplo, no funcionamento do sistema nervoso central, na prevenção e tratamento de cataratas. O grãozinho surpreende.
“Para se ter ideia, as quantidades que foram encontradas de vitamina B1 podem ser associadas às quantidades que se encontra dessa vitamina nas carnes de porco, por exemplo. As quantidades de vitamina B2 que nós encontramos eram superiores às quantidades que se encontra no leite”, explica a química Vanilda Soares de Arruda.
“Acredito que ele deve ser encarado como alimento, um alimento que tem efeito preventivo contra algumas doenças”, ressalta a nutricionista Ilana Pereira de Melo.
A repórter Mônica Teixeira experimenta o pólen na cozinha do laboratório da USP e aprova. “Tem um gosto como se eu tivesse comendo um cereal matinal. É bem crocante. Não parece com mel, mas dá para comer puro sem o menor problema”, comenta.
A recomendação é ingerir 5 gramas por dia, o equivalente a uma colher de sopa, mas ele não precisa ser puro. O pólen está sendo testado como ingrediente na culinária. E já existem maneiras bem mais saborosas de garantir a dose diária desse alimento.
Na Universidade de Taubaté, a cozinha é um laboratório, onde o sabor do pólen é posto à prova: no molho da salada, na salada de fruta, no patê, bolos, biscoitos de pólen e até trufas e bombons.
Pólen combate o envelhecimento e ajuda a recuperar energias
O alimento das abelhas tem proteínas e vitaminas que aumentam a nossa energia. É o chamado pólen apícola.
MÔNICA TEIXEIRA Taubaté, SP
Edésio Santos é professor de educação física. Ele corre o tempo todo e, nas horas de folga, pratica exercício. De onde vem tanta energia? “Há 15 anos, eu acordo de manhã e a primeira coisa que eu faço é comer o meu pólen”, revela.
Ainda em jejum, Edésio come uma colher de pólen puro, um poderoso suplemento alimentar. “Antes de tomar o pólen, parecia que as coisas eram mais pesadas. Eu até desempenhava bem os meus papeis, só que fazia como se fosse um fardo. Hoje, eu faço muito mais coisas do que eu fazia e as coisas são mais leves”, afirma o professor.
Mas que alimento é esse? É comida de abelha e se chama pólen apícola. “O pólen é a principal fonte protéica da abelha. O néctar é a fonte de carboidratos, o pólen é a fonte de proteínas, minerais e lipídeos. Sem ele, o enxame não se desenvolve. Em poucos dias, três, quatro dias, ele pode definhar e morrer”, explica Lídia Barreto, do Centro de Estudos Apícolas da UNITAU.
Depois de pousar de flor em flor e retirar o pólen, as abelhas voltam para a colmeia carregadas. Cada bolota, como dizem os especialistas, ou bolinha amarela presa à pata é o mais puro pólen.
A cada voo que uma abelha faz, ela volta à colmeia com duas bolotas de pólen. E elas são incansáveis, chegam a fazer 80 voos por dia. Quer dizer que cada abelha produz 160 bolotas de pólen.
Para coletar o pólen, os apicultores usam uma espécie de tela na entrada da colmeia. Os furos são tão estreitos que, para passar, as abelhas são obrigadas a derrubar os grãozinhos do lado de fora.
Mas nem todo pólen é coletado. Como a tela também tem furos maiores, dois terços da comida extraída das flores vão para dentro da colméia e se transformam no pão das abelhas. O pólen é mais uma evidência de que o que é bom para as abelhas, é excelente para a gente também.
“O pólen no nosso meio é conhecido como bifinho verde. E ele tem uma composição físico-química básica de proteínas similar a um bife, em torno de 20%. Ele tem lipídeos. Esse lipídeo é um lipídeo muito bom com propriedades antioxidantes. É uma gordura, mas uma gordura boa”, destaca Lídia Barreto, coordenadora do Centro de Estudos Apícolas da UNITAU.
E ele desperta cada vez mais a curiosidade dos pesquisadores. Em um laboratório da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, as pesquisas com pólen mostraram que ele pode ajudar a combater as doenças do envelhecimento.
“Comprovamos, na verdade, que ele tem as três vitaminas antioxidantes, beta caroteno como a pró-vitamina A, a vitamina C e a vitamina E, que são as três antioxidantes”, afirma a farmacêutica bioquímica Lígia Muradian, da USP.
O pólen também é rico em vitaminas do complexo B, que ajudam, por exemplo, no funcionamento do sistema nervoso central, na prevenção e tratamento de cataratas. O grãozinho surpreende.
“Para se ter ideia, as quantidades que foram encontradas de vitamina B1 podem ser associadas às quantidades que se encontra dessa vitamina nas carnes de porco, por exemplo. As quantidades de vitamina B2 que nós encontramos eram superiores às quantidades que se encontra no leite”, explica a química Vanilda Soares de Arruda.
“Acredito que ele deve ser encarado como alimento, um alimento que tem efeito preventivo contra algumas doenças”, ressalta a nutricionista Ilana Pereira de Melo.
A repórter Mônica Teixeira experimenta o pólen na cozinha do laboratório da USP e aprova. “Tem um gosto como se eu tivesse comendo um cereal matinal. É bem crocante. Não parece com mel, mas dá para comer puro sem o menor problema”, comenta.
A recomendação é ingerir 5 gramas por dia, o equivalente a uma colher de sopa, mas ele não precisa ser puro. O pólen está sendo testado como ingrediente na culinária. E já existem maneiras bem mais saborosas de garantir a dose diária desse alimento.
Na Universidade de Taubaté, a cozinha é um laboratório, onde o sabor do pólen é posto à prova: no molho da salada, na salada de fruta, no patê, bolos, biscoitos de pólen e até trufas e bombons.
domingo, 16 de maio de 2010
Melipona capixaba (Hymenoptera: Apidae, Meliponini): variabilidade genética por PCR-RFLP do rDNA e do mtDNA
Ramos, JC; Dutra-Valente, D; Resende, HC; Tavares, MG; Campos, LAO; Fernandes-Salomão, TM
Centro de Ciências Bológicas e da Saúde, Departamento de Biologia Geral, Setor de Biologia Celular e Biofísica, Universidade
Federal de Viçosa.
marbyo@yahoo.com.br
Palavras-chave: PCR-RFLP, Hymenoptera, Melipona capixaba, COI e rDNA
A abelha indígena Melipona capixaba, popularmente conhecida como ‘’uruçu preta’’, é endemica das regiões
motanhosas do estado do Espírito Santo no Brasil e está incluída, desde 2003, na lista de espécies ameaçadas do IBAMA. Com o objetivo de obter subsídeos moleculares que possam ser utilizados na elaboração de plano de manejo voltado para a conservação dessa espécie, foram realizados estudos de diversidade genética de M. capixaba coletadas em diferentes localidades abrangendo os municípios de Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Maria de Jetibá, Santa Tereza, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante. Empregando primers específicos, o DNA genômico de 12 operárias adultas foi utilizado para amplificar fragmentos de 1850 pb do gene mitocondrial citocromo oxidase subunidade I (COI) e de 3600 pb da região do rDNA nuclear compreendendo os espaçadores intergênicos 1 e 2 e o gene 5.8S (ITS-1/5.8S/ ITS-2). Ambos os produtos PCR COI e ITS-1/5.8S/ITS-2 foram digeridos com 50 enzimas de restrição. O produto da digestão foi separado por eletroforese em gel de agarose 2% (p/v) ou poliacrilamida 12% (p/v) e os padrões de restrição foram anotados. As análises posteriores foram realizadas utilizando DNA genômico de 93 operárias. Os produtos PCR COI foram digeridos com 5 enzimas de restrição (DraI, HinfI, KspAI, MspI e SspI) e ITS-1/5.8S/ ITS-2 com 3 enzimas (HinfI, MspI e TasI), selecionadas entre as 50 endonucleases previamente testadas. Nenhum polimorfismo foi identificado na região ITS-1/5.8S/ITS-2. A não detecção de polimorfismo nesta região mostra
a fragilidade da espécie em termos de variabilidade. Polimorfismos RFLP foram evidenciados nas sequências
COI e 8 haplótipos mitocondriais (ABABB, AAAAC, BBABB, AAAAA, BAAAC, AAAAD, BABAC e BAABC) foram identificados. Haplótipos COI compartilhados entre amostras de diferentes localidades também foram observados. Uma possível explicação para esse compartilhamento de haplótipos é a prática comum na região de transporte de colônias entre as localidades conduzida por meliponicultores. Os resultados obtidos mostram que esforços no sentido de conduzir o manejo de M. capixaba devem ser efetuados visando aumentar a diversidade e reintroduzir colônias em áreas onde esta abelha foi extinta, contribuindo, assim, para a conservação da espécie.
Apoio: FAPEMIG e CAPES
Melipona capixaba (Hymenoptera: Apidae, Meliponini):
variabilidade genética por PCR-RFLP do rDNA e do mtDNA 55
Veja o trabalho completo em:
Estrutura Genética - Uruçu Capixaba
Centro de Ciências Bológicas e da Saúde, Departamento de Biologia Geral, Setor de Biologia Celular e Biofísica, Universidade
Federal de Viçosa.
marbyo@yahoo.com.br
Palavras-chave: PCR-RFLP, Hymenoptera, Melipona capixaba, COI e rDNA
A abelha indígena Melipona capixaba, popularmente conhecida como ‘’uruçu preta’’, é endemica das regiões
motanhosas do estado do Espírito Santo no Brasil e está incluída, desde 2003, na lista de espécies ameaçadas do IBAMA. Com o objetivo de obter subsídeos moleculares que possam ser utilizados na elaboração de plano de manejo voltado para a conservação dessa espécie, foram realizados estudos de diversidade genética de M. capixaba coletadas em diferentes localidades abrangendo os municípios de Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Maria de Jetibá, Santa Tereza, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante. Empregando primers específicos, o DNA genômico de 12 operárias adultas foi utilizado para amplificar fragmentos de 1850 pb do gene mitocondrial citocromo oxidase subunidade I (COI) e de 3600 pb da região do rDNA nuclear compreendendo os espaçadores intergênicos 1 e 2 e o gene 5.8S (ITS-1/5.8S/ ITS-2). Ambos os produtos PCR COI e ITS-1/5.8S/ITS-2 foram digeridos com 50 enzimas de restrição. O produto da digestão foi separado por eletroforese em gel de agarose 2% (p/v) ou poliacrilamida 12% (p/v) e os padrões de restrição foram anotados. As análises posteriores foram realizadas utilizando DNA genômico de 93 operárias. Os produtos PCR COI foram digeridos com 5 enzimas de restrição (DraI, HinfI, KspAI, MspI e SspI) e ITS-1/5.8S/ ITS-2 com 3 enzimas (HinfI, MspI e TasI), selecionadas entre as 50 endonucleases previamente testadas. Nenhum polimorfismo foi identificado na região ITS-1/5.8S/ITS-2. A não detecção de polimorfismo nesta região mostra
a fragilidade da espécie em termos de variabilidade. Polimorfismos RFLP foram evidenciados nas sequências
COI e 8 haplótipos mitocondriais (ABABB, AAAAC, BBABB, AAAAA, BAAAC, AAAAD, BABAC e BAABC) foram identificados. Haplótipos COI compartilhados entre amostras de diferentes localidades também foram observados. Uma possível explicação para esse compartilhamento de haplótipos é a prática comum na região de transporte de colônias entre as localidades conduzida por meliponicultores. Os resultados obtidos mostram que esforços no sentido de conduzir o manejo de M. capixaba devem ser efetuados visando aumentar a diversidade e reintroduzir colônias em áreas onde esta abelha foi extinta, contribuindo, assim, para a conservação da espécie.
Apoio: FAPEMIG e CAPES
Melipona capixaba (Hymenoptera: Apidae, Meliponini):
variabilidade genética por PCR-RFLP do rDNA e do mtDNA 55
Veja o trabalho completo em:
Estrutura Genética - Uruçu Capixaba
sábado, 15 de maio de 2010
João M. F. Camargo - um naturalista dedicado às abelhas (20.06.1941 - 07.09.2009)
Silvia Regina de Menezes Pedro
Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Av. Bandeirantes, 3900, 14040-901 Ribeirão Preto - SP. silviarmp@ffclrp. usp.br
Pontinhos, milhares deles, e dias depois, após horas ininterruptas de trabalho com a pena e o nanquim, lá estava: uma perfeita representação das obras arquitetônicas das abelhas, um magnífico ninho, composto por milhares de pontos, ilustrando milhões de anos de evolução. Era assim que o Professor Camargo, sempre impecável, nas suas camisas de linho, passava a maior parte do dia, ou desenhando, ou observando na lupa, preciosos detalhes nas formas das abelhas, em sua mesa de bálsamo (talhada "na enxó", por ele mesmo-mais uma obra de arte!), na sua sala, ao lado da coleção de abelhas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; isso, quando não estava no mato, estudando e coletando abelhas-era assim que ele se sentia mais a vontade.
Em tudo o que fazia, havia muita dedicação, quer nos desenhos, quer nos trabalhos científicos, ou nos cuidados com a coleção de abelhas que ele começou a montar nos idos de 1963, com apoio do Dr. W. E. Kerr, que o convidou para uma expedição aos arredores de Manaus. Nesta ocasião, teve seu primeiro contato com floresta e com as belíssimas construções produzidas pelas abelhas, e que foram tão perfeitamente ilustradas por ele (Kerr et al. 1967). Os exemplares coletados naquela ocasião foram identificados pelo Pe. J. S. Moure e "constituíram o embrião da atual coleção", como relatado por ele mesmo em seu Memorial. Em 1966 fez uma viagem solo, de 10 dias, à região de Porto Velho, onde estudou, em detalhe, os ninhos de 10 espécies de Meliponini, e que resultou em sua primeira publicação individual (Camargo 1970). A partir daí, foram inúmeras viagens e expedições científicas, que contribuíram para a montagem do acervo de uma das mais importantes coleções de Meliponini Neotropicais do mundo - a única que inclui também peças das obras construídas por essas abelhas - com mais de 800 ninhos meticulosamente estudados. Mantinha um bom relacionamento com pesquisadores do Brasil e do exterior o que propiciou a incorporação ao acervo de duplicatas da coleção Moure e da coleção Schwarz, inclusive espécimes-tipo, e conferiu maioridade e reconhecimento da coleção em nível internacional. Daí em diante, o intercâmbio constante, além de viagens e levantamentos, permitiu enriquecer consideravelmente a coleção, atualmente sediada no Departamento de Biologia da FFCLRP. Este talvez seja o legado mais precioso para as futuras gerações de estudiosos das abelhas.
Iniciou-se na carreira científica em 1961, quando foi contratado como desenhista pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro (atual UNESP) e teve contato com um grupo forte de pesquisa em genética, biologia e taxonomia de abelhas, liderado pelo Dr. Kerr, e com pesquisadores convidados, como S. F. Sakagami, com quem publicou seu primeiro trabalho (Sakagami & Camargo 1964). Nesse período, além de ilustrar dezenas de artigos para vários pesquisadores, iniciou suas próprias pesquisas com abelhas, como o estudo sobre a morfologia externa de Melipona marginata Lepeletier (Camargo et al. 1967), que incluía pranchas desenhadas por ele, impressas em tamanho grande, para serem afixadas em paredes de laboratórios e salas de aula, além de uma operária colorida a guache - uma obra de referência para estudiosos da morfologia de abelhas. A partir de 1965 foi contratado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Nesse período, dedicou-se em grande parte, ao estudo das abelhas africanizadas, morfologia, técnicas de inseminação artificial e apicultura, o que resultou em vários artigos e na editoração do livro Manual de Apicultura (Camargo 1972), com três capítulos de sua autoria, além de trabalhos com outras abelhas. Cursou o mestrado em Entomologia na Universidade Federal do Paraná, estudando a diferenciação geográfica das espécies amarelas de Partamona Schwarz, sob orientação do Pe. Moure, e a dissertação resultante foi publicada integralmente (Camargo 1980).

Foi contratado como Professor Visitante na Universidade Federal do Maranhão em 1981, e, mais tarde, de volta a Ribeirão Preto, assumiu a disciplina de Entomologia Geral I no curso de Pós-Graduação em Entomologia da FFCLRP, onde foi contratado como técnico de nível superior. O doutorado veio em 1991, com o estudo da sistemática e comportamento dos Meliponini necrófagos obrigatórios, e em 1996, foi concursado como Professor Doutor. Não media esforços na preparação das aulas, e também na orientação de seus alunos de mestrado e doutorado, o que resultou em oito dissertações e oito teses, além de várias monografias de graduação e supervisão de dois pós-doutorados.
Em 45 anos de dedicação a ciência, foram muitas as contribuições para a sistemática e comportamento das abelhas-sem- ferrão: 89 publicações, coincidentemente, também foram 89 os táxons publicados por ele (três gêneros e 86 espécies), todos de abelhas-sem- ferrão, com uma única exceção: Xylocopa (Neoxylocopa) suspecta Moure & Camargo. Revisou a sistemática e comportamento de nidificação de vários gêneros, resultando em artigos ricamente ilustrados (e. g. Camargo & Moure 1994; Camargo & Pedro 2003). A descoberta de uma nova espécie, Trichotrigona extranea Camargo & Moure, com peculiaridades morfológicas e comportamentais - não constrói potes, nem armazena qualquer tipo de alimento -, levou a publicação de um novo gênero (Camargo & Moure 1983; Camargo & Pedro 2007a). Deu a conhecer, também, outros comportamentos inusitados para os Meliponini, como a estocagem de pólen associado com leveduras, que promovem a dessecação e longevidade na ensilagem, só conhecida em espécies de Ptilotrigona Moure (Camargo et al. 1992; Camargo & Pedro 2004), as abelhas necrófagas obrigatórias, que não coletam pólen, nem néctar floral (Camargo & Roubik 1991), e a associação mutualística de Schwarzula coccidophila Camargo & Pedro com cochonilhas (Camargo & Pedro 2002).
Dono de uma acuidade singular na percepção dos pequenos detalhes, mas sem perder a visão do conjunto, Camargo foi capaz de elucidar um pouco da complexa história evolutiva dos Meliponini Neotropicais. Propôs hipóteses de filogenia para vários gêneros, traçou mapas de endemismo e definiu padrões na distribuição do grupo, propondo eventos de quebra e vicariância para explicar a atual diversidade taxonômica encontrada na região Neotropical; conjugando espaço, tempo e forma, concluiu que a Amazônia não é uma unidade histórica, mas sim composta de três grandes compartimentos biogeográficos com relações temporais e filogenéticas distintas (Camargo 2008).
Tinha, por hábito, manter sempre atualizado o seu fichário sobre os Meliponini, nos moldes daquele iniciado pelo Pe. Moure, em Curitiba, acrescentado novas referências sobre as espécies e os assuntos de que tratavam; essas informações, além de atualizações sobre a taxonomia e comentários sobre as espécies, foram compiladas em um capítulo do Catálogo Moure (Camargo & Pedro 2007b), também disponibilizadas online.
Há que se destacar, também, os estudos sobre a bionomia de abelhas Euglossini (e.g. Zucchi et al. 1969), etnobiologia dos índios Kayapó (e.g. Camargo & Posey 1990), comportamento de visita às flores e mecanismos de polinização (e.g. Camargo et al. 1984), além de trabalhos sobre estrutura de comunidades de abelhas visitantes de flores em diversos ambientes.
Seus magníficos desenhos de abelhas, ninhos e flores percorrem o mundo e têm sido reproduzidos em diversas publicações (e.g. Michener 1974; Gottsberger & Silberbauer- Gottsberger 2006).
Perdemos um entomólogo brilhante, que soube como ninguém, retratar as mais belas obras da natureza. Seu legado artístico e científico não será esquecido. João M. F. Camargo faleceu em 07 de setembro de 2009, aos 68 anos em conseqüência de um câncer agressivo.
"Infinitas formas de grande beleza"*: era assim que ele via a natureza (*título do livro de S. B. Carroll (2006), que ele recomendava aos alunos como leitura adicional, e também o nome escolhido pela turma de formandos do curso de Ciências Biológicas da FFCLRP de 2009, que o escolheu como Professor Homenageado, pouco antes de adoecer).
Agradecimentos. Ao Prof. Dr. Gabriel A.R. Melo (Editor Associado da Revista Brasileira de Entomologia) pelo convite para escrever o necrológio do Dr. João M.F. Camargo.
REFERÊNCIAS
Camargo, J. M. F. 1970. Ninhos e biologia de algumas espécies de Meliponídeos (Hymenoptera: Apidae) da região de Pôrto Velho, Território de Rondônia, Brasil. Revista de Biologia Tropical 16: 207-239. [ Links ]
Camargo, J. M. F. (Org.). 1972. Manual de Apicultura. São Paulo, Editora Agronômica Ceres, 252 p. [ Links ]
Camargo, J. M. F. 1980. O grupo Partamona (Partamona) testacea (Klug): suas espécies, distribuição e diferenciação geográfica (Meliponinae, Apidae, Hymenoptera) . Acta Amazonica 10 (4, supl.): 1-175. [ Links ]
Camargo, J. M. F. 2008. Biogeografia histórica dos Meliponini (Hymenoptera, Apidae, Apinae) da região Neotropical, p. 13-26. In: P. Vit. (ed.), Abejas sin Aguijón y Valorización Sensorial de su Miel. Mérida, APIBA-DIGECEX, Universidad de Los Andes. 148 p. [ Links ]
Camargo, J. M. F. & J. S. Moure.1983. Trichotrigona, um novo gênero de Meliponinae (Hymenoptera, Apidae) do rio Negro, Amazonas, Brasil. Acta Amazônica 13: 421-429. [ Links ]
Camargo, J. M. F. & J. S. Moure. 1994. Meliponinae Neotropicais: Os Gêneros Paratrigona Schwarz, 1938 e Aparatrigona Moure, 1951 (Hymenoptera, Apidae). Arquivos de Zoologia, S. Paulo, 32: 33-109. [ Links ]
Camargo, J. M. F. & S. R. M. Pedro. 2002. Mutualistic Association Between a Tiny Amazonian Stingless Bee and a Wax-producing scale insect. Biotropica 34: 446-451. [ Links ]
Própolis Verde
O Brasil exporta setenta toneladas de própolis de abelha por ano para fins medicinais. Um mercado que movimenta 25 milhões de dólares. Os principais compradores são o Japão, Estados Unidos, Alemanha e China.
O extremo interesse internacional é por causa de um tipo de própolis pouco conhecido: a própolis verde.
A própolis verde é especial porque mais de setenta compostos químicos diferentes já foram isolados a partir dessa própolis. Alguns estão sendo usados com sucesso no tratamento do câncer. Para a fabricação da própolis verde, a abelha retira da planta a resina, como a coleta de resina de tronco de árvore, que forma aquela gosma.
Elas são produzidas por uma planta muito comum em Minas, o alecrim-do-campo. A resina serve para defender os brotos do alecrim das doenças e repelir insetos como as formigas. A abelha fica trabalhando, roendo, buscando a parte líquida da brotação. É possível observar que ela deposita a resina nas suas patinhas. É essa mesma resina que é verificada na própolis pronta.
As colônias de abelhas podem ser atacadas por doenças causadas por vírus fungos e bactérias. Para proteger o lugar onde vivem, elas fabricam a própolis. O nome vem do grego: “pró? quer dizer a favor e “pólis? quer dizer cidade.
O homem conhece os poderes medicinais da própolis desde a antiguidade. A novidade é a descoberta da própolis verde, fabricada com a resina do alecrim-do-campo.
Em Minas Gerais, a vassourinha, ou alecrim-do-campo, é encontrada em grande quantidade nas pastagens.
Antes da descoberta de suas virtudes medicinais, o alecrim-do-campo era usado na fabricação artesanal de vassouras e também para limpar as cinzas do forno a lenha, deixando seus odores nos biscoitos de polvilho. Por isso é chamado também de vassourinha. Ela pertence a mesma família da camomila e do girassol.
A vassourinha é nativa da região central do Brasil, mas pode ser encontrada em quase todas as regiões do país. Os portugueses lhe deram o nome de alecrim-do-campo, porque é muito parecido com o alecrim trazido da Europa, para ser usado como tempero.
É fácil identificar as plantas masculinas e as femininas, as femininas possuem flores fechadas em forma de taças e as masculinas, abertas. Hoje existe um interesse mundial da própolis verde, produzida a partir da resina do alecrim-do-campo.
No município de Cotia, na Grande São Paulo, uma empresa japonesa investiu muito dinheiro na instalação de um laboratório que beneficia própolis verde. Eles compram dos produtores mineiros. Depois de beneficiada, a própolis é analisada em laboratório e exportada para o Japão. A empresa possui própolis em pó. Yoko Schimizo, gerente da empresa, diz que nesse processo, a própolis mantém todas as suas qualidades e perde o gosto forte característico do produto. “Fica bem mais leve e fácil de tomar?.
Na cidade de Campinas, interior de São Paulo, através do trabalho da bióloga Maria Cristina Marcucci, a Fapesp, Fundação de Amparo à Pesquisa, registrou duas patentes de medicamentos extraídos da própolis do alecrim-do-campo. Um desses remédios pode ser usado com muita eficiência para matar bactérias que causam infecção hospitalar, o outro combate bactérias que causam a cárie. “A partir da própolis verde cerca de 30 compostos foram patenteados, incluindo a atividade biológica que cada um apresenta?, diz a bióloga.
Quando questionada se as patentes são brasileiras, ela responde: “Infelizmente, não posso dizer isso, a maior parte vem do Japão. Os japoneses têm esse interesse todo porque a própolis verde apresenta inúmeras propriedades terapêuticas e biológicas, a começar pela atividade antibacteriana, ela atua contra microrganismos, atua no sistema imunológico, prevenindo o aparecimento de doenças e atua também em tumores.
Os compostos do alecrim-do-campo também estão sendo estudados em Minas Gerais, na Fundação Ezequiel Dias, de Belo Horizonte. A bióloga Ester Bastos, especialista no assunto, acrescenta outras razões para o interesse de laboratórios estrangeiros na própolis verde do alecrim. Segundo ela, essa própolis tem uma grande quantidade de ácidos, do grupo dos terpenos, que são muito eficientes na prevenção e no tratamento do câncer. “No Japão, foi isolada uma substância dessa própolis que tem ação ativa contra células tumorais, que já foi patenteada no Japão, apesar do produto ser brasileiro. É provável que em breve seja lançado medicamento à base dessa substância e nós teremos que pagar os direitos para usá-lo.
Para ver de perto o interesse dos japoneses na própolis verde, o Globo Rural foi até o outro lado do mundo. Na cidade de Yokohama, perto de Tóquio, o repórter Mitsuo Kawasaki conversou com o doutor Kaoru Maeda, professor da faculdade de Medicina de Tóquio, especialista em câncer. “A primeira vez que usei a própolis no tratamento de câncer foi há 25 anos. Nós tínhamos vários pacientes sendo submetidos ao tratamento de quimioterapia, receitamos própolis a apenas dois deles, e só eles não apresentaram os efeitos colaterais do tratamento, como queda do cabelo e perda de resistência do organismo. Mas nós não receitamos de qualquer jeito, antes, fazemos o teste de ressonância molecular e entramos com uma dieta alimentar para aumentar a resistência imunológica do paciente. É nessa dieta que entra a própolis verde. Ela não é remédio, mas se você me perguntar onde ela age, eu vou dizer que ela ataca células do câncer e mata bactérias e vírus que aparecem junto com os tumores. Com esse método, nós tratamos vários tipos diferentes de câncer e conseguimos a cura de mais de 90% dos casos.
Aos pés do monte Fugi, na parte central do Japão, vive o professor Hyrofume Naito, membro da Sociedade japonesa de Apiterapia, ciência que usa os produtos das abelhas na cura das doenças. Além da própolis, o professor Naito usa veneno de abelha. Ele tira o ferrão que vem junto com uma bolsinha de veneno e faz a acupuntura em todo o corpo do paciente. O professor explica por que os ácidos do grupo dos terpenos, presentes na própolis verde do alecrim combatem o câncer. Ele diz que de uns quinze anos para cá, a causa de várias doenças dos seres humanos têm sido atribuída à oxidação das células, como exemplo, o câncer de estômago e de fígado. “Muitos produtos naturais são eficientes no combate aos radicais livres que causam as oxidações das células, são os chamados anti-oxidantes, mas nenhum deles até agora mostrou mais eficiência do que a própolis verde.
Shuzo Assumassa é um dos pacientes do professor Naito. Ele diz que tem câncer de próstata e que a própolis tem ajudado muito seu organismo a resistir ao tratamento quimioterápico. “Estou me sentindo bem e até agora nem perdi os cabelos, revela ele.
A senhora Stsuco Kobaiachi se diz fã incondicional da própolis verde, ela diz que toma duas cápsulas por dia para um tratamento de asma. Ela diz que está ótima e acrescenta que várias pessoas da sua família fazem uso da própolis brasileira para combater outro mal, o envelhecimento precoce.
Mas no Brasil, também existem pesquisas visando a prevenção e o tratamento do câncer através das essências da própolis. Na faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, a pesquisadora Deisy Salvatori coordena um trabalho que testou a própolis em ratos que apresentavam tumores cancerígenos no esôfago. O câncer foi provocado por injeção de produtos químicos. “Nós observamos que os animais do grupo que recebeu a própolis apresentaram uma menor freqüência de lesões, tanto de DNA, que são lesões que iniciam o processo do câncer, quanto nas lesões após a cirurgia no animal em que é exposto intestino, é possível perceber que diminuem as alterações nas mucosas do cólon.
Segundo a bióloga, isso significa que a própolis teve uma ação inibidora na formação do câncer. “Ela previne a ação de compostos que são cancerígenos, mas esses resultados são preliminares para que a gente possa dizer que a própolis tem um efeito terapêutico. Ela tem efeito de prevenir e não de curar o câncer.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Vídeo - Jataí em Tronco de Bananeira
A abelha jataí é conhecida dentre outras coisas, por sua capacidade de adaptação e por construir seus ninhos nos mais variados locais, que vão desde os tradicionais ocos de árvores, até em espaços dos mais inusitados, tais como escapamento de veículos, pisos, vasos de plantas e onde mais houver alguma área em que caiba alguns favos de cria e potes de alimento.
Heraclito Sette, do Distrito Federal, colocou no you tube um interessante vídeo em que documenta a transferência de uma colônia alojada em um tronco de bananeira já derrubada, para uma caixa racional.
Clique no link abaixo para ver este muito interessante vídeo:
Heraclito Sette, do Distrito Federal, colocou no you tube um interessante vídeo em que documenta a transferência de uma colônia alojada em um tronco de bananeira já derrubada, para uma caixa racional.
Clique no link abaixo para ver este muito interessante vídeo:
segunda-feira, 29 de março de 2010
Revisão nas Jataís
A revisão das colônias é sempre um momento de prazer para o meliponicultor pois nesta oporunidade se tem um contato com o ninho, os discos em seus detalhes. Vemos como está a população, a quantidade de discos de crias, admiramos a rainha... É um manejo importante, pois se percebe eventuais problemas que podem ser resolvidos antes que causem maiores estragos. É também uma boa hora para se verificar se a colônia está em condições de ser dividida.
Como eu penso que as abelhas devem ter o maior sossego possível, com pouca interferência do criador, não faço revisão com muita frequência. Estando o enxame com um bom movimento e se não estiver necessitando de retirar discos, fico até dois ou três meses sem abrir, no máximo dando uma olhadinha pelo vidro que gosto de manter abaixo da tampa. Elas gostam de ficar mais na delas.
Aproveitando uma bela manhã de domingo deste início de outono, resolvi fazer revisão em duas colônias de jataí no meliponario urbano. Elas estão alojadas nas caixas verticais em que foram alojadas pelo vendedor.
Na primeira colônia, a postura foi subindo, subindo, subindo, até que chegou na separação de bambuzinhos que divide o espaço do ninho da melgueira. Até então, as abelhinhas vinham respeitando a esta delimitação, construindo os favos até neste limite e depois recomeçando em baixo. A parte superior à separação estava até então repleta de mel.
Ao observar que esta parte superior totalmente ocupada pelo invólucro logo percebi que alí deveria haver postura. Então começei ali abrir por alí. Vejam então o que encontrei onde até então havia potes de mel:
abaixo da separação há mais cinco favos com postura mais recente
São nada mais, nada menos do que 17 favos de bom tamanho. Olhando aquilo, considerei que fosse parar por aí; que a rainha havia trocado de local, utilizando os gravetinhos como suporte e que aquela ex- melgueira passou a ser ninho.
Mas não é que, ao abrir ao abrir o invólucro abaixo da separação, encontrei mais cinco discos já operculados e mais um sexto onde está ocorrendo a postura de cima para baixo? Ou, seja, a colônia estava com 22 discos e já iniciara a postura no 23º. Aproveitei então para pegar os que estão logo acima da separação, pois são os mais velhos, os que estão com as abelhas já nascendo, para reforçar uma divisão que está com poucas campeiras.
O chato é que acabei por me esquecer de fotografar esta parte de baixo, por isto não mostro aqui uma foto com todos os favos. Espero que vocês não brigem comigo. É uma que colônia está bem fortinha, não é? Eis aí uma genética que merece ser muito bem aproveitada.
Já na segunda caixa, o ninho estava nos conformes: a postura na parte de baixo e o mel (bastante) em cima. Esta estava mais fraquinha: 11 favos.observem na foto abaixo uma realeira no 4º favo de baixo para cima. R
Retirei este disco e inceri em um desdobramento que está sem postura.
Esta caixa, apesar de não ter uma quantidade de favos tão grande como na primeira, está está muitissimo populosa. Ou seja, também pode ser considerada como sendo uma colônia bastante forte.
discos de cria com uma realeira (4º disco de baixo para cima.)
Aproveitei para dar uma olhadinha em uns desdobramentos que fiz recentemente. Fiquei muito satisfeito ao verificar que um deles, em caixa INPA, apesar de recente estava com uma bela pilha de discos já chegando bem perto da tampa, na segunda gaveta. Isto significa que em breve teremos mais um grande e belíssimo enxame.
terça-feira, 9 de março de 2010
Fruto do Sabiá
Como eu disse a algumas postagens atrás, este ano estou dando uma especial atenção para a agradável atividade que é plantar árvores e plantas melíferas para daqui a algum tempo conseguir uma produção bacana de mel. A mais nova aquisição é fruto do sabiá, que os amigo Fábio Calimam, conseguiu para mim.

A Acnistus arborescens apresenta uma vasta distribuição geográfica, ocorrendo desde o Caribe e América Central, até a Região Sudeste do Brasil. Geralmente em capoeiras, ou seja, em ambientes em processo de regeneração. Trata-se de um arbusto de 1-2 m, com galhos finos e de madeira leve e pouco resistente.
Muito fácil de cultivar, aprecia solos organo-argilosos e que retenham um pouco de umidade. Precisa de luz solar direta ou indireta para vegetar com vigor. Vai bem climas subtropicais e tropicais, até mesmo em vasos. Incia a frutificação em pouco tempo.
Além dos predicados ornitófilos e meliponicos a fruteira-do-sabiá vem sendo objeto de muitas pesquisas recentes, pois descobriu-se que um grupo de substâncias presentes em suas folhas (vitanolídeos) possui destacada atividade anti-cancerígena.
Fonte:
e-jardim.blogspot.com/2009/01/fruta-do-sabi.html
Foi para mim motivo de muita alegria quando quando soube do presente, pois eu sempre quiz esta planta pois além de ser muito melífera com seus fartos cachos de flores brancas que depois vão formar as bagas alaranjadas que agradam e muito aos pássaros;
e pássaros é o que não falta no meliponário capixaba, local em que se acorda com canto dos sábias, que temos com fartura. Isto sem contar com os inúmeros, canários, curiós, tucanos, azuluões, coleiros,tiziu, cardeais...
A Acnistus arborescens apresenta uma vasta distribuição geográfica, ocorrendo desde o Caribe e América Central, até a Região Sudeste do Brasil. Geralmente em capoeiras, ou seja, em ambientes em processo de regeneração. Trata-se de um arbusto de 1-2 m, com galhos finos e de madeira leve e pouco resistente.
Muito fácil de cultivar, aprecia solos organo-argilosos e que retenham um pouco de umidade. Precisa de luz solar direta ou indireta para vegetar com vigor. Vai bem climas subtropicais e tropicais, até mesmo em vasos. Incia a frutificação em pouco tempo.
Além dos predicados ornitófilos e meliponicos a fruteira-do-sabiá vem sendo objeto de muitas pesquisas recentes, pois descobriu-se que um grupo de substâncias presentes em suas folhas (vitanolídeos) possui destacada atividade anti-cancerígena.
Fonte:
e-jardim.blogspot.com/2009/01/fruta-do-sabi.html
sábado, 6 de março de 2010
LISTA DA DIVERSIVIDADE VEGETAL DA MATA ATLÂNTICA
Os pesquizadores João Renato Stehmann e Rafaela Campostrini Forzza, à frente de de um batalhão de mais de 200 taxonomistas foram à luta com objetivo de publicar uma ampla lista das plantas do DomínioAtlântico.
As iniciativas de documentação da diversidade vegetal no Brasil têm sido realizadas até em então de forma isolada. Neste trabalho foi feita uma pesquisa mais detalhada envolvendo pesquizadores de instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de São João del-Rey e do Jardim Botâncco do Rio de Janeiro. O resultado deste grande trabalho disponibilizamos para os amigos deste blog. Basta clicar no link abaixo:
Plantas da Floresta Atlântica
As iniciativas de documentação da diversidade vegetal no Brasil têm sido realizadas até em então de forma isolada. Neste trabalho foi feita uma pesquisa mais detalhada envolvendo pesquizadores de instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de São João del-Rey e do Jardim Botâncco do Rio de Janeiro. O resultado deste grande trabalho disponibilizamos para os amigos deste blog. Basta clicar no link abaixo:
Plantas da Floresta Atlântica
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
PASTO PARA ABELHAS SEM FERRÃO
Este será um ano em que daremos especial atenção ao plantio de árvores no nosso meliponário.
Mesmo estando em uma área que ainda conta com um bom verde, é sempre interessante oferecer uma ajuda extra para as meninas.
Vamos agora falar um pouco do já temos para plantar, já plantamos ou que está chegar neste incio de ano. Aproveito para agradecer aos amigos de diferentes lugares que enviaram sementes, mudas e estacas. Estejam à vontade para sugerir mais espécies. Agradecemos a colaboração.
Cosmos: Planta herbácea, anual, que pode atingir alturas de 0,45 a 1,2 m. A sua folhagem é muito fina, de corte pinulado, plumosa, caduca e de cor verde. As flores de Cosmos são singelas, circulares, com cerca de 10-15 cm de diametro, balanceadas em longas e finas hastes, com variadas cores desde o branco, amarelo, rosa, vermelho , laranja, carmesin. As flores de Cosmos são brilhantes e atrativas para abelhas e borboletas. São plantas muito fáceis de cultivar. Já temos deste alaranjado e agora recebemos bastante sementes de cores diversas.
Amor Agarradinho: Planta arbustiva tuberosa, trepadeira tipo liana de ramos finos e flexíveis, providos de gavinhas, com folhas verde-claro em forma de coração e flores pequenas completas, cor-de-rosa ou brancas, numerosas e muito duradouras, reunidas em grande inflorescências, muito apreciadas pelas abelhas.
Muitos produtores de mel a cultivam para alimento destes insetos.
Floresce praticamente o ano todo.
Astrapéia: Ficamos felizes por conseguir plantar as astrapéias porque é uma árvore muito atraente para as abelhas. É uma árvore importante para os meliponários instalados na Mata Atlântica por florescer em ambundância no inverno que é o período crítico de alimentos para as abelhas, neste bioma . O plantio desta espécie, representou um importante passo para que possamos não ter que nos preocupar com alimentação artificial.
A Dombeya Walliachii, conhecida popularmente como astrapéia, astrapéia-rosa, dombéia, aurora e lombeija é uma árvore da família das Sterculiáceas, originária da África do Sul, que pode atingir até 10 m de altura.
Moringa (Moringa oleifera Lam.): é uma planta perene, com aproximadamente 5 m de altura, de tronco delgado e folhas compostas. As flores são numerosas e floresce o ano todo. Os frutos são longos, parecidos com uma vagem e contém muitas sementes.
A raiz é em forma de tubérculo e armazena energia para a planta, que favorece em seu rebrote. A madeira é mole, porosa e amarelada.
Visitada pro diferentes espécies de abelhas é originária da Índia é considerada por botânicos e biólogos, um milagre da natureza. Uma esperança para o combate da fome no mundo. Rica em vitaminas e sais minerais, cálcio, proteína e ferro.
O Mutre é um arbusto de tamanho médio que medra a pleno sol ou até mesmo a meia sombra. Suas pequenas flores, brancas e perfumadas, dispostas em racemos terminais, recobrem a planta à maior parte do ano, especialmente durante os meses mais quentes. Em certas regiões de clima quente o Mutre floresce o ano inteiro, mas em outras, dependendo das condições do inverno, a planta diminui e até mesmo pode parar a floração e perder parte de suas folhas.
Esta planta é muito boa para as abelhas nativas pois floresce durante o ano inteiro, além disto possui um perfume muito agradavel
O Cardo Mariano é uma planta medicinal amplamente utilizada na Medicina Tradicional Europeia. Em França as raízes, folhas e frutos são usados no tratamento de prisão de ventre crónica, de várias doenças hepáticas tais como a icterícia, cálculos biliares, hepatite e fígado gordo, como descongestionante do sistema circulatório, no tratamento de hemorróidas e úlceras varicosas e, como anti-alérgico no tratamento da asma e urticária. Em Itália, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de doenças do fígado, devido à sua acção desintoxicante do fígado e também pelas suas propriedades diuréticas e cardiotónicas. Na Alemanha e na Hungria, em Medicina Tradicional, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de cálculos biliares devido à sua acção colagoga, estimulante da circulação entero-hepática e protectora do fígado. Na Grécia o Cardo Mariano é usado no tratamento de varizes, pedras da vesícula e na úlcera duodenal. A Medicina Homeopática também utiliza as tinturas dos frutos do Cardo Mriano no tratamento de doenças do fígado, cálculos biliares, peritonite, pleurite, congestão do útero e varizes.
Taiuiá: A taiuiá é da mesma família que o chuchu (Sechium edule) - tem uma folhagem parecida, com folhas palmadas, e gavinhas, extensões que parecem molas e fixam a planta sobre outras.
Melilotus Officinalis: da família Fabaceae é um exelente pasto apícula, com uma produtividade estimativa de 1.000 de mel/hectare com abelha africanizada, é visitado também pelas abelhas nativas. Como se trata de um planta considerada difícil de se conseguir, foi com muita alegria que ganhamos as sementes. conhecido também como trevo amarelo, é um importante em casos de insuficiencia venosa crônica graças à presença do dicumarol. Original da Europa e Ásia.
Mesmo estando em uma área que ainda conta com um bom verde, é sempre interessante oferecer uma ajuda extra para as meninas.
Vamos agora falar um pouco do já temos para plantar, já plantamos ou que está chegar neste incio de ano. Aproveito para agradecer aos amigos de diferentes lugares que enviaram sementes, mudas e estacas. Estejam à vontade para sugerir mais espécies. Agradecemos a colaboração.
Cosmos: Planta herbácea, anual, que pode atingir alturas de 0,45 a 1,2 m. A sua folhagem é muito fina, de corte pinulado, plumosa, caduca e de cor verde. As flores de Cosmos são singelas, circulares, com cerca de 10-15 cm de diametro, balanceadas em longas e finas hastes, com variadas cores desde o branco, amarelo, rosa, vermelho , laranja, carmesin. As flores de Cosmos são brilhantes e atrativas para abelhas e borboletas. São plantas muito fáceis de cultivar. Já temos deste alaranjado e agora recebemos bastante sementes de cores diversas.
Amor Agarradinho: Planta arbustiva tuberosa, trepadeira tipo liana de ramos finos e flexíveis, providos de gavinhas, com folhas verde-claro em forma de coração e flores pequenas completas, cor-de-rosa ou brancas, numerosas e muito duradouras, reunidas em grande inflorescências, muito apreciadas pelas abelhas.
Muitos produtores de mel a cultivam para alimento destes insetos.
Floresce praticamente o ano todo.
Astrapéia: Ficamos felizes por conseguir plantar as astrapéias porque é uma árvore muito atraente para as abelhas. É uma árvore importante para os meliponários instalados na Mata Atlântica por florescer em ambundância no inverno que é o período crítico de alimentos para as abelhas, neste bioma . O plantio desta espécie, representou um importante passo para que possamos não ter que nos preocupar com alimentação artificial.
A Dombeya Walliachii, conhecida popularmente como astrapéia, astrapéia-rosa, dombéia, aurora e lombeija é uma árvore da família das Sterculiáceas, originária da África do Sul, que pode atingir até 10 m de altura.
Ora-pro-nobis: Conhecida popularmente como “ora-pro-nobis”, a planta Pereskia aculiata pertence à família dos cactos. É uma cactácea nativa da região que vem desde a Flórida até o Brasil. Trata-se de uma trepadeira que apresenta folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança. Por apresentar ramos repletos de espinhos e crescimento vigoroso, a planta pode ser usada com sucesso como uma cerca-viva intransponível.
Do ponto de vista ornamental, a “ora-pro-nobis” apresenta uma florada generosa que ocorre entre os meses de janeiro a abril, produzindo um espetáculo surpreendente. Uma outra característica interessante é que suas flores são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu cultivo indicado também aos apicultores.
Após a floração, o “ora-pro-nobis” produz frutos em forma de pequenas bagas amarelas e redondas, entre os meses de junho e julho. E aí vem um ponto importante a ser observado: nem todas as variedades desta planta são comestíveis; apenas a que tem flores brancas, com miolo alaranjado e folhas pequenas.
As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico.
Do ponto de vista ornamental, a “ora-pro-nobis” apresenta uma florada generosa que ocorre entre os meses de janeiro a abril, produzindo um espetáculo surpreendente. Uma outra característica interessante é que suas flores são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu cultivo indicado também aos apicultores.
Após a floração, o “ora-pro-nobis” produz frutos em forma de pequenas bagas amarelas e redondas, entre os meses de junho e julho. E aí vem um ponto importante a ser observado: nem todas as variedades desta planta são comestíveis; apenas a que tem flores brancas, com miolo alaranjado e folhas pequenas.
As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico.
Moringa (Moringa oleifera Lam.): é uma planta perene, com aproximadamente 5 m de altura, de tronco delgado e folhas compostas. As flores são numerosas e floresce o ano todo. Os frutos são longos, parecidos com uma vagem e contém muitas sementes.
A raiz é em forma de tubérculo e armazena energia para a planta, que favorece em seu rebrote. A madeira é mole, porosa e amarelada.
Visitada pro diferentes espécies de abelhas é originária da Índia é considerada por botânicos e biólogos, um milagre da natureza. Uma esperança para o combate da fome no mundo. Rica em vitaminas e sais minerais, cálcio, proteína e ferro.
O Mutre é um arbusto de tamanho médio que medra a pleno sol ou até mesmo a meia sombra. Suas pequenas flores, brancas e perfumadas, dispostas em racemos terminais, recobrem a planta à maior parte do ano, especialmente durante os meses mais quentes. Em certas regiões de clima quente o Mutre floresce o ano inteiro, mas em outras, dependendo das condições do inverno, a planta diminui e até mesmo pode parar a floração e perder parte de suas folhas.
Esta planta é muito boa para as abelhas nativas pois floresce durante o ano inteiro, além disto possui um perfume muito agradavel
O Cardo Mariano é uma planta medicinal amplamente utilizada na Medicina Tradicional Europeia. Em França as raízes, folhas e frutos são usados no tratamento de prisão de ventre crónica, de várias doenças hepáticas tais como a icterícia, cálculos biliares, hepatite e fígado gordo, como descongestionante do sistema circulatório, no tratamento de hemorróidas e úlceras varicosas e, como anti-alérgico no tratamento da asma e urticária. Em Itália, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de doenças do fígado, devido à sua acção desintoxicante do fígado e também pelas suas propriedades diuréticas e cardiotónicas. Na Alemanha e na Hungria, em Medicina Tradicional, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de cálculos biliares devido à sua acção colagoga, estimulante da circulação entero-hepática e protectora do fígado. Na Grécia o Cardo Mariano é usado no tratamento de varizes, pedras da vesícula e na úlcera duodenal. A Medicina Homeopática também utiliza as tinturas dos frutos do Cardo Mriano no tratamento de doenças do fígado, cálculos biliares, peritonite, pleurite, congestão do útero e varizes.
Taiuiá: A taiuiá é da mesma família que o chuchu (Sechium edule) - tem uma folhagem parecida, com folhas palmadas, e gavinhas, extensões que parecem molas e fixam a planta sobre outras.
Melilotus Officinalis: da família Fabaceae é um exelente pasto apícula, com uma produtividade estimativa de 1.000 de mel/hectare com abelha africanizada, é visitado também pelas abelhas nativas. Como se trata de um planta considerada difícil de se conseguir, foi com muita alegria que ganhamos as sementes. conhecido também como trevo amarelo, é um importante em casos de insuficiencia venosa crônica graças à presença do dicumarol. Original da Europa e Ásia.
Vitex ou Agnus castus: Nativa do Mediterrâneo, é conhecida pelos gregos há 2.000 anos ou mais. O nome Vitex foi obra dos antigos romanos, que a consideravam a planta similar ao salgueiro, por causa da forma semelhante de suas folhas. Os ramos flexíveis favoreciam o seu uso para o artesanato em vime, à semelhança do salgueiro. Agnus castus, do grego agnos castus — casto, puro - tem a ver com a associação que era feita entre a planta e a castidade, desde tempos remotos. Suas sementes lembram os grãos da pimenta.
Quase todos os estudos com o Vitex se baseiam na preparação desenvolvida pelo médico Gerhard Madaus, em 1930, de um extrato de frutas secas patenteado com o nome de Agnolítico. Ele observou que a formulação tinha o efeito de aumentar o nível de progesterona produzido pelo organismo feminino. Pesquisadores atuais acreditam que sua substância regula o funcionamento da hipófise, ao detectar níveis aumentados de estrógeno e levar os ovários a diminuir a sua produção(1). A planta é usada para tratamento de irregularidades menstruais. Em mulheres que querem engravidar, desempanha o papel de regularizar os ciclos e prevenir abortos. Estudos clínicos mostram que os benefícios dessa planta podem demorar seis meses ou mais para aparecer. No alívio da TPM (2), sua ação é perceptível já a partir da segunda mestruação. Entretanto para efeitos mais deifinitivos, pode-se ter que esperar até um ano.
Veja também:
http://meliponariocapixaba.blogspot.com/2009/12/producao-de-mel-e-as-plantas-medicinais.htmlSitios pesquisados:
www.dinakalman.com
www.jardimdeflores.com
jardimcentro.pt
www.fazfacil.com.br
ame-rio.blogspot.com
ruralbionergia.com.br
www.granjaparaiso.com.br
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