segunda-feira, 30 de novembro de 2009

COMO CAPTURAR ENXAMES

A meliponicultura é uma atividade ecológica por natureza. Então, toda ação do meliponicultor deve ser precedida de uma análise das consequências ambientais. A retirada indiscriminada das colônias na natureza estaria  então em descompasso com a filosofia da atividade. Retirar na natureza, só se as abelhas estiverem correndo sério risco em circunstâncias em que não sobreviveriam por muito tempo.

Para se iniciar na atividade a atitude ecologicamente correta é então adquirir os enxames com criadores racionais que multiplicam em caixas por meio dos  manejos adequados. Uma outra forma é oferecer abrigos seguros para as abelhas que buscam locais para soltar enxames. Esta opção constuma resultar em sucesso muito embora às vezes falha ou demora. Para ter mais chances de ser bem sucedido, convém utilizar uma solução em alcool cereais com cera, própolis e mesmo sobras de colônia mortas.

No site do amigo Max que além de criador de nativas é também craidor de peixes ornamentais para aquário, há um link interessante sobre a iscs com pet. Acesse http://www.plantasdeaquario.com/Jatai.htm. É possível também comprar iscas prontas, já com o atrativo ou mesmo apenas o atrativo para você utilizar nas iscas que fabricar. Uma dica segura esta no blog abelha jatai: http://abelhajatai.com/blog/  - fale com Gabriel.

As iscas podem ser feitas a partir de reaproveitamento de garrafas pets, embalagem de leite e de  sucos, pedaços de bambu ou de PVC ...
Veja este vídeo do Globo Rural sobre o assunto e boa sorte.

MATÉRIA SOBRE O TRABALHO DE FÁBIO CALIMAN - REVISTA MENSAGEM DOCE Nº96

ESTÁ SALVA, GENETICAMENTE, A MELIPONA CAPIXABA

Luiz Fabio Feitoza Caliman
Correspondências: Rua das Palmeiras,51 - Centro Venda Nova do Imigrante - ES - 29375-000
Meliponário: Estrada Larinhas, KM 0,5 - Sítio Esperança - (28)3546-3648 - lffcaliman@gmail.com

Comecei minha criação em 22 de março de 1986, tendo a principio 03 (três) colônias de Uruçu Preta {Melipona Capixaba].

 Em 1994 comecei coloca-las em colméias racionais. No ano de 1997 começamos a multiplicá-las e chegando ao ano de 2007 com um total de 60(sessenta) colônias. E com esse sucesso obtido, salvamos geneticamente a Melípona Capixaba. Abelha essa que o seu habitat é sem duvida nenhuma, restritíssimo. Falou-se em 100 km de raio o seu habitat (Kerr), e eu digo, que dentro desses 100 km de raio, ela esta ocorrendo apenas em 5% dessa área que já foi 100% habitada pela M. Capixaba.
Foi assustador e decepcionante ver na década de 90(noventa), um trabalho do Dr. Kerr e da Bióloga Vânia A. Nascimento, trabalho esse belíssimo e profissional, virar quase que uma tragédia. Pôr eles ensinarem a pratica correta de multiplicação de enxame, ouve uma grande corrida em busca das Uruçu Preta nas matas. Após retirarem as colônias das matas os agricultores passaram essas colônias para as caixas racionais, e tentaram dividi-las sem monitoramento, percepção de desenvolvimento da colônia, alimentação de sobrevivência, ataque de forídeos e outros problemas que no dia a dia se tem. E para se obter sucesso na divisão é preciso resolvê-los. Foi constrangedor verificar que mais de 90% das colônias que foram passadas para caixas racionais morreram. Lembro-me que alguns agricultores, perguntados sobre as Uruçus nas caixas racionais, tiveram respostas similares. R: Coloquei a minha Uruçu Preta na caixa e ela foi embora!!! Foi triste dizer a eles que colônias de Uruçu, infelizmente, não vão embora. Ela morre onde estão.
No meliponário também se encontra a [Melípona Rufiventris ] Mondury num total, hoje, de 07(sete) colônias, que também estão sendo multiplicada para se salvar geneticamente esta espécie .E foi com grande alegria que em 26 de fevereiro de 2000, registrei uma simbiose entre Uruçu Preta (Melípona Capixaba) e Arvore de Mata Pau (Fícus Guaratinica).
Acontece que o Mata Pau fornece polpa do seu fruto para as colônias de Uruçu Preta misturar com outras resinas e barro para calafetar a sua colônia. E as abelhas coletando a sua polpa, que é em forma de gel resinoso, também transportam para a sua colônia as sementes de Mata Pau. Ela, as sementes, ficam em dormência ate que haja luz. Havendo luz, haverá possibilidade de umidade. Se apareceu luz, é sinal que a arvore que a colônia habita, esta morrendo. A semente germina, cresce, envolve toda a arvore que esta morrendo e consequentemente preserva a colônia que esta envolvida na arvore. Portanto, uma perpetua a outra.


Vista Lateral do Meliponario Caliman

Proprietário do Meliponario Luiz Fabio

Crias Nascentes da Melípona Capixaba

Vista lateral da caixa que também ocorreu simbiose

simbiose em primeiro plano

Simbiose Entre Urucu Capixaba e Arovre de Mata-pau

Vista Frontal do Meliponario

Entrada de Uru

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

DIVISÃO INDUZIDA DE JATAÍ - 1ª PARTE

Vou relatar uma experiencia que desenvolvo com o Francisco, um futuro meliponicultor de Vitória que conheci através do amigo Gabriel do site abelhajataí.com.
A colônia mãe está alojada em um muro. A caixa contendo dois furos foi acoplada com um dos furos no local da saída das abelhas de forma a terem que entrar na caixa para daí sairem para o exterior. Em um primeiro momento não havia favos disponíveis para serem colocados na caixa e as  abelhas então, construíram um túnel até a outra saída. 




Alguns dias depois, conseguimos disponibilizar disco maduros, ou seja, com as crias nascentes, e algumas abelhas aderentes (recém-nascidas).
Ocorre não havia ainda realeiras, então ficou sem realeira para ver se sairá alguma princesa do muro.
Passados 20 dias foi construído um belíssimo invólucro, potes de alimento e construíram um belo pito na saída da caixa. A população de abelhas na caixa é grande. Ocorreu ainda das abelhas construírem uma entrada alternativa  para o muro que também está sendo usada.
Em breve verificaremos se há postura.Caso contrário colocaremos mais discos, de preferênica com realeira

João Luiz.











quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Motim no reino das abelhas


Pragas On-line - SP - NOTÍCIAS - 25/11/2009 - 15:05:





© dailymail.co. uk
A ordem costuma ser rígida na colmeia: a rainha põe ovos e produz a força de trabalho que executa as demais tarefas, como buscar alimento, combater invasores e cuidar da cria. Mas nem sempre é assim.
Entre as abelhas sem ferrão brasileiras da espécie Melipona scutellaris, também conhecidas como uruçus, mais de 20% dos machos não são filhos da rainha. A insurreição não é inédita – machos alheios já tinham sido encontrados em outras espécies. São filhos de operárias reprodutivas, cujos ovos não fertilizados só podem dar origem a machos devido a particularidades genéticas das abelhas.
A surpresa maior do trabalho, parte do doutorado da bióloga Denise Alves na Universidade de São Paulo, foi descobrir que 80% desses machos também não foram produzidos pelas operárias ativas na colônia. São filhos de operárias da rainha anterior, um caso de parasitismo reprodutivo.
A pesquisa, feita em colaboração com Tom Wenseleers, da Universidade de Leuven, na Bélgica, mostra que as operárias reprodutivas têm vida três vezes mais longa do que a das trabalhadoras verdadeiras, o que lhes permite sobreviver a uma rainha morta e povoar com filhos seus, que serão criados pelas novas operárias, o reino da nova monarca (Molecular Ecology).
Fonte: Revista Pesquisa Fapesp nº164/2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

É POSSÍVEL CRIAR ABELHAS EM APARTAMENTOS?

Às vezes as pessoas deixam de criar abelhas sob a alegação de falta de espaço já que moram em apartamentos. Se esse for o teu caso pode ir providenciando as colônias pois não será este detalhe que vai impedir a empreitada.


Eu mesmo que moro em um apartamento de 4º andar crio jataí na sala. Mas isto não é nada se consideramos o caso de meliponicultor que cria jandairas no 7º e 12º andar no centro da cidade de Fortaleza, conforme Marlene Valin postou no grupo Abena em março deste ano. As fotos são da Marlene. 


CHALÉ PARA JATAÍ










Geralmente quando vemos uma colônia de  abelhas, elas estão em caixas rústicas ou mesmo em tocos onde a estética não é motivo de muita preocupação.

Para incentivar o crescimento da meliponicultura se faz necessário que se crie opções que venham a atrair  outros tipos de criadores, além daqueles que criam as nativas como distração, por objetivo de preservação ambiental, ou mesmo como atividade econômica.

Existe um grande potencial para o desenvolvimento da atividade na área de decoração e paisagismo e para isto se faz necessário que se projete caixas esteticamente mais trabalhadas.

O chalé na foto acima é um exemplo disto. Foi criado a nosso pedido pelo artista e também meliponicultor Ivo Rezzini de Santa Catarina,  ivorezzini@yahoo.com.br. Além deste chalé, que serve de residência para uma colônia de jataí e está localizada em nosso apartamento de 4º andar em Vitória (ES), Ivo construiu uma casa e ainda um belo bule.    

João Luiz.

ONDE ESTAMOS.




A SERRA DO CAPARAÓ está situada entre os estados de Minas Gerais e Espirito Santo, ocupando uma área de 31 mil hectares. O ponto mais alto é o Pico da bandeira com 2892 metros.

O Meliponario Capixaba está proximo da entrada do Parque Nacional do Caparaó, no lado capixaba, numa altitude aproximada de 1.300 metros, distrito de Patrimônio da Penha, município de Divino de São Lourenço.

Com altitude e temperatura semelhantes à região onde as meliponas capixabas ocorrem com maior frequência, e é claro devido a aproximação geográfica, as abelhas vêm tendo uma ótima aceitação do local.

Como estamos em uma área de recuperação nossas abelhas encontram fartura de alimentação nativa da Mata Atlântica e para reforçar, temos plantado sempre mais, principalmente espécies que florescem no inverno, época de menor florada, para assim garantir uma alimentação natural durante todo o ano.  

Veja na foto uma colônia  ao fim o inverno.  
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