segunda-feira, 23 de abril de 2012

Abelhas têm ideias abstratas como os mamíferos, diz estudo

As abelhas são capazes de levar em consideração as relações entre objetos, assim como conceitos abstratos – um privilégio que se acreditava reservado a cérebros como o dos mamíferos -, revela um estudo do Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS). O fato de as abelhas poderem utilizar simultaneamente duas ideias abstratas é um resultado “completamente inesperado” que põe abaixo o pressuposto de que “a elaboração de um saber conceitual” necessita de um cérebro do tamanho do dos mamíferos, como o ser humano, destacam os cientistas neste estudo, publicado pela revista americana PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).
Em sua vida cotidiana, o ser humano utiliza os conceitos que relacionam objetos diferentes através de sistemas do tipo: “igual”, “diferente”, “maior”, “acima de”.
A equipe do professor Martin Giurfa (CNRS), da Universidade Toulouse III Paul Sabatier, demonstrou que as abelhas também eram “capazes de gerar e depois manipular conceitos para ter acesso a uma fonte de alimento”. “O notório”, disse o professor, ouvido por telefone, “é que podem, inclusive, utilizar dois conceitos diferentes para tomar uma decisão, ante a uma situação nova”.
As abelhas demonstraram que podem conseguir água com açúcar (a sua recompensa) ou a um líquido azedo (castigo) mediante dois orifícios colocados entre imagens que variavam de posição. Se serviam para isso das noções “acima de” ou “ao lado de”, que associavam com o prêmio ou a punição. “Ao final de 30 tentativas, as abelhas passavam a reconhecer, sem equívocos, a relação que as guiaria para a água açucarada”, mesmo “quando eram utilizadas imagens que não viram nunca”, explicou o professor Giurfa.
Segundo os cientistas, a experiência pôs em destaque que as abelhas ignoravam os estímulos realizados com imagens idênticas, “demonstrando que, além dos conceitos ‘acima, abaixo e ao lado’ manipulavam simultaneamente o de ‘diferença’ para tomar sua decisão”. “Esta capacidade, que se acreditava própria dos seres humanos e de alguns primatas, demonstra que as análises cognitivas sofisticadas são possíveis, na ausência de linguagem, apesar de uma arquitetura neural em miniatura”, concluíram. Essa investigação, assegura o CNRS em comunicado, “questiona muitas teorias em âmbitos como a cognição animal, a psicologia humana, as neurociências e a inteligência artificial”. (Fonte: Portal Terra)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Forideos

Amigos,

Desta vez tremi nas bases: Uma poderosa matriz de capixabas que escorria muita umidade, caiu e  rolou uns dois metros porque a umidade podreceu a base da caixa.

Como a caixa estava muito bem soldada  de geoprópólis ela não desmontou, senão seria fatal. Ao colocar a caixa no local, surgiu uma quantidade incrível de forídeos. Eram dezenas andando nas paredes e voando em torno. Como elas não conseguiam entrar devido a grande força e população de abelhas, optei por não abrir pois pensei que aí então com mais cheiro o ataque seria insuperável.

Primeiro coloquei três iscas externas de vinagre, que não solucionaria pois eram centenas. Daí, me lembrei de uma isca pega - mosca que comprei já faz um tempo, fabricada para controle biológico de pragas. Trata-se de peças de plástico colorido com as cores atrativas para as moscas que se deseja combater e impregnadas com uma cola adesiva em ambas as faces.
  
Daí o alívio. Pendurei  três em volta da caixa. Como as abelhas entram direto na caixa, então elas não caem nas armadilhas. Até porque, observei que elas desviam daquela coisa amarela, enquanto que os forídeos ao contrário, pousam para observar e esperar o momento do bote. Eles ficam voando em zigue -zigue em torno da caixa acabavam por cair na armadilha. Depois então que coloquei umas gotinhas de vinagre nas armadilhas é eles para elas mesmo.

 No segundo dia havia mais de sessenta forídeos agarrados em cada um dos pega - moscas fora os muitos que cairam nos potinhos com vinagre. A quantidade pousada na caixa já havia reduzido bastante. Assim, retirei o vinagre, para não "chamar" mais forídeos, permanecendo apenas o os pega-mosca.

No terceiro dia acabou a força do ataque com poucos rondando a área. Os pegas moscas ficaram lotados de forídeos grudados. Tentei uma contagem em apenas uma das faces de um deles. Havia um coisa perto cem maleditos grudados. Imaginem então que eram três, dupla face. Quanto às abelhas, apenas quatro em três dias  pousaram no pega mosca. Bastou puxar que se soltaram e saíram voando.

Estas fotos foram feitas pouco tempo depois da instalação. Mesmo assim podem observar a grande quantidade de forídeos capturados. Os pontos mais claros, são os forídeos que estão agarrados no outro lado. Depois de três dias a quantidade destes monstrinhos era muito maior. As armadilhas ficaram cheias.


Para os que se interessarem segue o contato com o fabricante: biocontrole@biocontrole.com.br



      





segunda-feira, 2 de abril de 2012

Fonte G1.com
 http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/04/abelhas-usam-propolis-para-fazer-automedicacao.html
02/04/2012 08h00 - Atualizado em 02/04/2012 08h00

Abelhas usam própolis para fazer automedicação

Substância tem propriedades contra fungos e bactérias.
Descoberta pode ter aplicação na apicultura.

Do Globo Natureza, em São Paulo
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O própolis na natureza é esta resina amarelada que aparece na imagem (Foto: Divulgação)O própolis na natureza é esta resina amarelada
que aparece na imagem (Foto: Divulgação)
Se você toma própolis ao menor sinal de dor de garganta, saiba que está usando este produto da forma correta, do ponto de vista das abelhas. Um estudo publicado recentemente mostra que os insetos usam o própolis em uma forma de automedicação.
O própolis é uma mistura de cera com resinas de plantas, que é produzido normalmente por abelhas – selvagens ou domesticadas – e tem propriedades que protegem a colmeia de fungos e bactérias.
A pesquisa da Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos EUA, publicada pela revista científica “PLoS One” mostra que a produção da substância aumenta em média 45% quando a colmeia é atingida por um tipo de fungo parasita.
Se o fungo é de um tipo que não oferece perigo às abelhas, a produção de própolis continua normal. Além disto, as larvas infectadas pelo fungo são retiradas da colmeia, mais um sinal do cuidado que as abelhas têm com a saúde da comunidade.
A automedicação, no entanto, tem seus limites. Quando alguma bactéria infecta a colmeia, o aumento na produção de própolis não é significativo – e a substância tem propriedades que ajudariam na defesa das abelhas.
A descoberta pode ser útil para os criadores de abelha. “Historicamente, os criadores norte-americanos preferem colônias com menos resina, porque ela é grudenta e dificulta o trabalho”, afirmou Michael Simone-Finstrom, autor do estudo, em material de divulgação.
“Agora sabemos que vale a pena promover esta característica, porque oferece às abelhas alguma defesa natural”, completou o pesquisador.