quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

As abelhas e o clima

28/12/2010 - 05:39:00

Atualmente, o tema "mudanças climáticas" tem gerado calorosas discussões em todo o mundo. Os pesquisadores buscam compreender e encontrar soluções para mitigar o processo de aquecimento global que poderá, num futuro próximo, atingir diversos organismos presentes em ambientes naturais ou mantidos pelo homem. Em relação às abelhas, este interesse não é menor, já que esses insetos, por serem sensíveis às mudanças ambientais, podem ser bons indicadores para o processo de Aquecimento Global.

As abelhas, que já vem sofrendo forte pressão de diversos fatores como os desmatamentos, que destroem tanto as suas fontes de alimento como de abrigo, o uso indiscriminado de pesticidas nas lavouras e os surtos de pragas e doenças, encontram no processo de Aquecimento Global mais uma importante barreira para seu sucesso. E não é à toa que, nos últimos anos, tem sido grande a preocupação com os casos de desaparecimento de populações desses insetos em vários países, principalmente em virtude de seu importante papel como agente polinizador de culturas agrícolas e de ambientes naturais.

Apesar da capacidade de adaptação das abelhas a diferentes ambientes, as colônias desses insetos podem sofrer grandes prejuízos com as variações das condições climáticas. Embora as abelhas adultas sejam relativamente tolerantes às variações térmicas, suas crias são sensíveis a pequenas variações da temperatura do ninho. Para o bom desenvolvimento das formas jovens, a área de cria do ninho deve ser mantida a temperaturas entre 30 a 35°C, já que as temperaturas acima desta faixa podem prejudicar o desenvolvimento larval, principalmente a metamorfose. Além disso, em temperaturas acima de 40°C, os favos de cera cheios de mel podem amolecer e quebrar.

Uma temperatura elevada no interior da colônia pode por em risco tanto o desenvolvimento populacional como o armazenamento de alimento; com isso, as abelhas tomam uma série de medidas para evitar o superaquecimento. Inicialmente, as abelhas adultas se dispersam pelo ninho e começam a promover a ventilação, pelo batimento das asas, de forma a criar correntes de ar que favorecem a saída do ar quente e entrada de ar fresco. Adicionalmente, as operárias podem promover a evaporação de pequenas gotas de água, espalhadas nos favos ou expostas nas suas próprias línguas. Por isso, é grande a importância da manutenção de fontes de água nas proximidades da colônia. Também visando a diminuição da temperatura, parte das abelhas pode sair da colméia, formando aglomerados do lado de fora para reduzir a produção de calor e facilitar a ventilação. Entretanto, tudo isso gera um gasto energético extra para a colônia, que emprega tempo e recursos para o controle da temperatura, deixando de realizar outras atividades como coleta de néctar e pólen para o armazenamento de alimento.

Apesar destes mecanismos de termorregulação permitirem a sobrevivência das abelhas em situações de estresse térmico, existem determinadas condições que dificultam estas medidas; por exemplo, quando ocorre a escassez de água ou quando a colônia se encontra enfraquecida, com população pequena, o que dificulta o controle da temperatura. Nesses casos, pode ocorrer o que se chama "enxame abandono", quando toda a colônia deixa aquele local devido as condições desfavoráveis, e o enxame sai à procura de um outro lugar para o estabelecimento do ninho.

Esta situação é indesejável para os apicultores, que terão que recapturar ou comprar novos enxames para repor os que foram perdidos, o que pode comprometer a produtividade. Além disso, as colônias que enfrentam esta situação têm sua capacidade produtiva comprometida, visto que estão ocupadas na manutenção da temperatura e não na coleta de néctar e pólen.

Outros elementos climáticos como umidade relativa do ar, radiação solar, precipitação, velocidade do vento e pressão atmosférica têm um efeito determinante em relação ao estabelecimento e desenvolvimento de colônias de abelhas. Dessa forma, considera-se importante o monitoramento dessas variáveis e a avaliação de sua influência nas colônias de abelhas, visando o estudo dos impactos que as mudanças climáticas podem provocar sobre esses organismos e possíveis ações que possam minimizar esses efeitos.


Fonte: Embrapa Meio-Norte

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mel de Abelha Nativa Cura Infecções dos olhos?

É bastante comum ouvirmos as pessoas falarem dos poderes terapêuticos dos méis das nossas abelhas nativas.

Um exemplo comum, é que o mel de  ASF é capaz de curar a catarata e outras infecções nos olhos.

Eu pessoalmente nunca ouvi um relato direto. Quero dizer, nunca alguém contou um caso concreto que tenha presenciado ou vivido.

Isto mudou neste último domingo, dia 12  de dezembro. O casal que cuida do nosso sítio relatou que um cão deles estava com um dos olhos quase que totalmente encoberto, segundo eles, com uma "carne". Eles já consideravam que o animal estava cego deste olho.

Como o filho deles havia a pouco tempo coletado uma pequena quantidade de mel de jataí da terra, resolveu então aplicar no olho deste cão. Segundo eles o resultado foi incrível,  se não tivessem presenciado o fato teriam dificuldade em acreditar, já que em pouquíssimo tempo o olho do animal já estava completamente normal. Isto sem a utilização de mais nada, além do mel.

Eu vi o animal (apenas depois de curado) e realmente o olho dele está com uma aparência normal, sem qualquer tipo de seqüela.

João Luiz.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Criação da Câmara Tecnica da Meliponicultura

        É Sempre muito bom acompanhar o  que os colegas estão fazendo pela meliponicultura e pela natureza como um todo.
         Abaixo um comunicado do amigo Aldivar de Curitiba - PR, enviado para o grupo Abena, dando conta dos resultados surgidos das resoluções do 4º Seminario Paranaense de Meliponicultura e os próximos passos.
          Desejamos aos companheiros de Curitiba e de todo o Brasil sucesso nos trabalhos. Juntos construiremos uma meliponicultora forte, de forma que,  juntos com os outros setores ligados à preservação, possamos ajudar a sociedade a reconstruir o Brasil de forma consciente, progressiva e sustentável. 



    Amigos da ABENA, tenho a grata satisfação de comunicar-lhes, que como foi encaminhado nas resoluções do 4 Seminário Paranaense de Meliponicultura, foi dado o ponta pé inicial para criação da Câmara Técnica da Meliponicultura, que em Fevereiro de 2011, na primeira Reunião do Grupo de Meliponicultura que acontecera na SEAB, dia 17 Fev 2011, já  estará atuando como Câmara Técnica.
                      Dia 08 Dez de 2010, tivemos a reunião de avaliação do 4 Seminário Paranaense de Meliponicultura, o qual foi julgado por todos os presentes como excelente, inclusive pelo modelo adotado pelos Organizadores, com oficinas e salas temáticas, e minha grata satisfação é constatar que tudo aquilo que gostaríamos de contar para o desenvolvimento dessa atividade, hoje podemos falar que já as temos. Na reunião do dia 08 Dez, tivemos a presença do Prof. Renato da UFPR, representando o grupo de pesquisa que junto com os colegas de Ribeirão Preto-SP, Crus das Almas-BA e outras Universidades e Faculdades, poderão acelerar ainda mais as pesquisas, também a presença do Sr Renato Técnico do TECPAR, Instuto de pesquisa e Certificação do Estado do Paraná, o qual poderá nos dar um grande auxilio nas pesquisa de produtos do Propolis, nas analises dos méis e polém, e nas certificações, contamos também com a presença do Sr Valcir Tecnico do CPRA, Centro Paranaense de Referencia em Agroecologia, o qual poderá desenvolver técnicas de manejo, criar cursos para o desenvolvimento da meliponicultura junto as comunidades de Assentados da Reforma Agrária, Agricultura Familiar, no desenvolvimento de uma produção mais limpa sem Agrotóxico, colocando a Meliponicultura como uma opção para a exploração sustentável da Reserva Legal, Mata Ciliar e no Sistema Agro florestal, e na difusão dos Polinizadores que entre eles estão as nossas queridas ASF, Entre eles Temos como sempre os Incansáveis Roberto Carlos de Andrade o grande Motivador da SEAB, Hermes Palumbo grande instrutor do SENAR, Marcos Antonio Dalla Costa, Secretario de Agricultura e Meio Ambiente de Mandirituba e o Idealizador e um dos fundadores da Associação dos Meliponicultores de Mandirituba, e os demais Sr Lucas Meliponicultor, Humberto Meliponicultor, Pacher Meliponicultor e eu Aldivar Meliponicultor.

                    Abraços Aldivar - Curitiba-PR

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A partir de 2030, a mudança climática causará indiretamente cerca de um milhão de mortes por ano, trazendo, também, prejuízos anuais de 157 bilhões de dólares, segundo informe divulgado em Cancún, México.
A miséria se concentrará em mais de 50 dos países mais pobres do planeta, mas os Estados Unidos vão pagar o maior preço econômico, diz o estudo.
“Em menos de 20 anos, quase todos os países do mundo perceberão sua alta vulnerabilidade ante o impacto do clima, à medida que o planeta se aqueça”, advertiu o relatório apresentado na conferência da ONU sobre o clima celebrada em Cancún, leste do México.
O estudo, compilado por uma organização humanitária de países vulneráveis a mudanças climáticas, avaliou a forma como 184 nações serão afetadas em quatro áreas: saúde, desastres climáticos, perda do hábitat humano devido à desertificação e à elevação do nível do mar, além do estresse econômico.
Os que enfrentam “aguda” exposição são 54 países pobres ou muito pobres, incluindo a Índia. São os que sofrerão desproporcionadamente em relação a outros, porque são os últimos culpados pela emissão de gases de efeito estufa que provocam as mudanças, diz o informe.
“Se não houver ações corretivas”, diz uma nota à imprensa, que acompanha o estudo, o mundo “se dirigirá a uma triste situação”.
Mais da metade dos 157 bilhões de dólares em perdas – em termos da economia atual – terá lugar nas potências industrializadas, encabeçadas por Estados Unidos, Japão e Alemanha. Mas em termos de custo para o PBI, a proporção será muito menor nestas nações.
O documento foi divulgado por DARA, uma ONG com sede em Madri, e o fórum climático vulnerável, uma coalizão de ilhas-nação e outros países mais expostos à mudança climática.
As delegações de mais de 190 nações estão reunidas em Cancún desde 29 de novembro e até 10 de dezembro com o objetivo de reavivar a negociação internacional sobre a luta contra a mudança climática. (Fonte: G1)